A tabela periódica foi criada pelo químico russo Dimitri Mendeléiev em 1869 (Foto: Marcelo Brandt/G1)
A tabela periódica foi criada pelo químico russo Dimitri Mendeléiev em 1869 (Foto: Marcelo Brandt)

Uma equipe de cientistas japoneses embarcou recentemente em um projeto tão fascinante quanto complexo: a busca pelo elemento 119 da tabela períodica.

Em 2016, a tabela criada pelo químico russo Dimitri Mendeléiev em 1869 ganhou quatro novos elementos: o 113 (nihônio), o 115 (moscóvio), o 117 (tennessino) e o 118 (oganessono).

Agora, o físico Hideto Enyo e sua equipe querem inaugurar a oitava fileira da tabela com um metal chamado – até agora – de ununênio (um, um e nove, em latim), que ninguém, até o momento, conseguiu sintetizar.

Os elementos da tabela periódica são organizados pelo número de prótons no núcleo do átomo de cada um, pela distribuição de seus elétrons e pela recorrência de suas propriedades periódicas.

Os elementos mais leves, como o hélio (2) e o lítio (3), se formaram imediatamente após o Big Bang. O restante, a partir de uma fusão nuclear no coração das estrelas.

Os elementos que têm um número de prótons superior a 26 têm uma origem mais duvidosa. E os que são mais pesados que o plutônio (94) não existem naturalmente na Terra. Eles precisam ser sintetizados em laboratório.

Isso ocorre porque, com mais de 94 prótons, o núcleo do elemento se torna instável.

O plano dos cientistas japoneses é disparar feixes do metal vanádio, de 23 prótons, contra um alvo de cúrio (96), um elemento criado artificialmente.

O experimento deve acontecer em um acelerador de partículas perto de Tóquio.

A fusão de ambos, criada a partir deste evento superexplosivo semelhante a um cataclima cósmico, daria como resultado o novo elemento superpesado.

Fonte: BBC

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