SER E NÃO SER –

Muitas coisas ainda não experimentadas exercem certo fascínio. Assim, jovens, amamos o socialismo até conhecer seus resultados e algumas figuras do babado. Aí, já ganhando grana e cheios de despesas paqueramos com o liberalismo, até ver alguns assumirem o poder se dizendo o tal, e algumas medidas revelarem consequências nada desejadas.

Com o tempo nesta seara e em muitas outras a aproximação, vivência e observância dos efeitos, nos afastam de muitas coisas. Até que, já beirando os sessentanos, decidimos não ser mais nada. Apoiar algo pontual aqui de um, setorial ali de outro.

Mas os devotos não querem isso, lhe esculhambam, gritam, dizem palavrões, que você não sabe de nada, que é burro e que é do lado oposto. Nunca pensei que não ser nada fosse tão ofensivo e agressivo aos que são algo. Que situação…

 

 

 

Flávio Rezende – jornalista

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