Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o movimento financeiro do futebol, as mudanças no calendário esportivo poderiam aumentar o movimento financeiro do setor para R$62 bilhões (dos atuais R$11 bilhões anuais).

Pedro Tregrouse, responsável pela pesquisa, afirmou em entrevista ao SporTV News que “o Brasil deixa de gerar quase R$600 milhões por ano por causa dessa atrofia na base da pirâmide. São mais de 25 mil empregos que poderiam ser gerados se esses 683 clubes tivessem uma temporada de pelo menos nove meses por ano, ao invés dos 4,5 meses atuais”. Além disso, o pesquisador afirma que  “quem não é visto não é lembrado. Enquanto clubes estrangeiros vendem as suas marcas no Brasil, os clubes brasileiros não conseguem vender a sua marca lá fora. Hoje, é uma globalização de mão única”.

O diretor de marketing do Grêmio, Paulo César Verardi, é a favor das mudanças no calendário. Segundo ele, também em entrevista ao SporTV News, “hoje você tem muita dificuldade em realizar uma pré-temporada, que é uma demanda que existe e é interessante aos grandes clubes porque permite a abertura de novos mercados, e normalmente você está premido pelo início da temporada e dificilmente consegue um ajuste.”

Thiago Mansur, Presidente do Insitituto Brasileiro de Marketing Esportivo (IBME), afirma que “uma mudança de calendário será muito benéfica ao futebol brasileiro, uma vez que os clubes poderão excursionar para o exterior para disputar amistosos, torneios e realizar pré-temporadas. Além disso, teremos a oportunidade de criar novos torneios no país, com a vinda de clubes de todo o mundo para território brasileiro. Essa medida também beneficia clubes pequenos e médios, que poderão participar de torneios com clubes grandes formatados exclusivamente para a TV, a exemplo dos torneios de verão.”

Segundo Rafael Zanette, diretor de Marketing e Vice-Presidente do Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo (IBME), “nós conseguimos ver um crescimento do mercado de futebol no Brasil, porém ainda se pode melhorar. Aos poucos, com a evolução do marketing dos grandes clubes, as receitas geradas pelos maiores começa a massacrar os menores e, assim, é preciso rever a forma do calendário brasileiro, pois o estadual ocupa um período muito grande e que não é mais valorizado como era antes.”

Confira a materia produzida na SportTV News:

http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2012/03/estudo-futebol-pode-movimentar-ate-r-62-bi-com-mudancas-no-calendario.html

Fonte: Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo (IBME)

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