AB JAÉCIO CARLOS

Jaecio Carlos*

O bicho “preguiça” deve ter inventado esse estado de comportamento que os humanos gostam: o ócio, o não fazer nada, a letargia de movimentos e os dias prolongados da inatividade. Asilos, exílios e o sistema prisional, entre outros, estão abarrotados de gentes ociosas que nada, ou pouco. produzem. Os gestores desses lugares não tem criatividade para implantar, instituir um trabalho onde as pessoas ocupem os dias produzindo alguma coisa e saiam da rotina que as oprimem e possam fazê-las melhores, com dignidade.

É comum celas superlotadas onde presos se amontoam em desconfortos e suportam condições sub humanas, que lembram os campos de concentração nazistas, da segunda guerra mundial. Há ainda muitos “campos”  nas chamadas “guerras santas” do Oriente médio, na fronteira do México com os Estados Unidos, na África, etc. Enfim, onde houver conflitos e exploração, a servidão humana é o ponto alto.

Entidades como a OAB, Ministério da Educação, Direitos Humanos, deveriam promover estudos para fazer das cadeias públicas,  centros de habilitação profissional e levar até as pessoas presas, o conhecimento do trabalho em grupo e promover entre elas algo que melhore a condição de vida produzindo alguma atividade, já que são remuneradas, com direito a refeições e ajuda aos familiares.

Quanto custa ao Estado cada preso desses?  Com o desemprego em alta, vale a pena cometer crimes e ser preso, pois aqui fora o salário é pouco e falta trabalho. Esse é o raciocínio. A sociedade é quem sofre com isso e ainda paga a conta.

O escritor russo Dostoyevski, conta no seu livro Crime e Castigo como eram tratados os prisioneiros, na sua época. Não é diferente, hoje. Mesmo com o avanço da tecnologia, da informação e da comunicação, continuamos hipócritas, medíocres, gananciosos, egoístas.   Cada um por si. Quando há catástrofes e são montados programas de doações voluntárias, muitos dos seus organizadores desviam para si, roupas, alimentos e até mesmo, dinheiro. Como dizia o poeta: “a humanidade é excelente, o que estraga é o povo”.

Jaecio Carlos – Publicitário e Editor – [email protected]

 

 

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