Amanhã será 11 de setembro, o 254º dia do Calendário Gregoriano. Dia dedicado a São João Gabriel. Nessa data nasceram Carl Zeiss, Brian de Palma e Franz Bekenbauer, e faleceram Antero de Quental, Nikita Kruschov e Salvador Allende.

Ao longo da História fatos importantes destacaram o dia 11 de setembro, tais como a descoberta do Rio Hudson, por Henry Hudson, em 1609; a tomada de Barcelona durante a Guerra da Sucessão Espanhola, em 1714; e a chegada da sonda Mars Global Surveyor, a Marte, em 1997.

Todavia, nenhum evento no mundo, nas últimas décadas, marcou tão profundamente o sentimento humano quanto o ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York e ao Pentágono, em Washington, no dia 11 de setembro de 2001, dezesseis anos atrás.

Em menos de duas horas foram eliminadas quase 3.000 pessoas e modificada a vida de milhares de famílias norte-americanas. Para melhor entendimento daquele trágico acidente atribuído à barbárie humana, tracei o seguinte resumo cronológico da ocorrência:

8h46: avião da American Airlines, que ia de Boston para Los Angeles atingiu a Torre Norte do World Trade Center;

9h03:  aeronave da United Airlines, no percurso Boston – Los Angeles, acertou a Torre Sul;

9h37: outro avião da American Airlines, que viajava de Dulles, na Virgínia, para Los Angeles atingiu o prédio do Pentágono, em Washington;

10h03: aeronave da United Airlines que se deslocava de Newark para San Francisco foi derrubada num campo próximo de Shanksville, na Pensilvânia.

 Às 10h28 a Torre Norte despencou.

Assistimos, naquela data, a ação de terroristas no sequestro de quatro aviões comerciais de passageiros resultando em 2.996 mortos: 246 nos quatro aviões, 2.606 na cidade de Nova York e 125 no Pentágono, além dos 19 terroristas.

Datas como essa se fixam na memória do indivíduo com um poder inexplicável. Eu lembro, como se fosse hoje, onde estava e o que fazia no momento em que recebi a notícia do ataque aos Estados Unidos.

Terça-feira, dez horas e alguns minutos, eu atendi telefonema de um colega engenheiro, anunciando: “Amigo, começou a III Guerra Mundial; estão atacando os Estados Unidos!”. Deixei a sala de trabalho e fui procurar um televisor. Encontrei-o no auditório da repartição onde estavam outros funcionários. Entrei no salão no exato instante em que a primeira das torres gêmeas desabava.

Pequenos pontos escuros escapuliam das torres em chamas para o vazio. Tratavam-se de pessoas tentando se ver livres da fumaça e do calor do incêndio. Em termos de Engenharia, uma imagem espetacular, se assistíssemos a implosão de edifícios de 526 metros de altura. Porém, víamos um retrato aterrador e em tempo real, de ação terrorista perpetrada contra civis numa manhã de trabalho normal.

Uma sensação horrorosa que eu não gostaria de sentir novamente no restante dos anos de minha vida. Entretanto, também, um motivo para profunda reflexão sobre os destinos da humanidade.

11 de setembro de 2001 será a data que eu jamais esquecerei, porque marca a implantação, pelo fanatismo religioso, da aterradora, covarde e irracional ação destruidora do terrorismo no seio da civilização.

José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro civil e escritor – [email protected]

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *