NATUREZA MORTA –

Atento,observo o tempo.
A natureza, pessoas.
O pastorador de carros na praia …
Sempre focado,indiferente as pessoas,
indiferente a vida, que passa ao lado.
Não sorrir, o seu viver é sem emoções,trivial…

Nas dunas o urubu dá razantes com queda de asas,enquanto no céu, o bem-te-vi assola o gavião que voa o mais rápido que pode, sendo fustigado por bicadas de país amorosos e defensores dos filhotes…
Na praia, enquanto caminho,tropeço em plásticos diversos, que jogados na areia irão poluir o mar por dezenas de anos…

Ao lado passam vendedores de tudo e mais um pouco, assediando incautos turistas que embevecidos com nossa natureza são presas fáceis para essas palavras que parecem abrir o paraíso para quem as pronuncia: posso mostrar o meu trabalho? Pronto, à partir daí se vende de bugigangas a empanadita argentina,vendida por um esperto e simpático milongueiro…

Resolvo nadar e logo depois da arrebentação, me deparo com um mar de plásticos e sonho com a natureza sem poluição, se um dia isso será possível e em que época. Talvez,um dia o homem ao contemplar toda destruição do planeta terra ,olhará para si mesmo e não se enxergará ,voltando seus olhos para o céu batendo no próprio peito e dirá:

Finalmente, eu venci Deus!
Enquanto isso acontece, no rádio começa a tocar “panorama ecológico “, bela música do Erasmo,bela e deprimente. Choro por ser mais um ser humano “inteligente” ,em meio a natureza doente.
Deprimente!

José Alberto Maciel Oliveira – Representante comercial aposentado
As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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