O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda precisa analisar cerca de 2,8 mil recursos de candidatos que tiveram suas campanhas oficialmente impugnadas nas eleições municipais deste ano. Entre eles, estão candidatos a prefeito com votos suficientes para alterar os resultados oficiais proclamados no primeiro turno, ou mudar significativamente a disputa em segundo turno que acontece no último domingo (28).

O TSE anunciou que faria um esforço concentrado para resolver os casos que afetam a votação em segundo turno ainda nesta semana, mas essa é uma missão complicada. Algumas pessoas reclamam que os recursos ainda não foram julgados, mas é muita coisa para apenas sete ministros, declarou o ex-ministro do TSE Walter Costa Porto, apontando ainda que mudanças recentes na legislação, especialmente sobre as prestações de contas, tornaram o trabalho da Justiça Eleitoral mais detalhado e demorado.

Pelas regras eleitorais brasileiras, os votos dados a um candidato em julgamento são contados separadamente e não entram nos resultados oficiais enquanto não há a absolvição do candidato pelo TSE. Caso isso não aconteça, esses votos são considerados nulos, e se a soma deles for maior do que 50% do total de votos do município é preciso fazer uma nova eleição, com outros candidatos.

 Essa situação pode acontecer na cidade catarinense de Criciúma, em que o candidato impugnado Clésio Salvaro, do PSDB, obteve 86.016 votos, suficientes para elegê-lo no primeiro turno por mais de 76% dos eleitores que compareceram às urnas. Devido à impugnação de Salvaro, foi considerada eleita a candidata do PMDB, Romanna Remor, com 21,4 mil votos.

Em quatro municípios de Pernambuco, um de Goiás e um do Rio Grande do Norte, todos os candidatos a prefeito no primeiro turno estavam com pendências nos tribunais eleitorais, e a confirmação das impugnações também pode levar a novas eleições nessas cidades.

Fonte: Câmara dos Deputados

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