FAREI AS CORREÇÕES NO ORIGINAL –

Essa é a frase que mais tenho utilizado, semanalmente, para com a amiga Simone Rodrigues, escritora, professora, economiária, filha do também escritor Francisco Obery Rodrigues, cada vez que recebo dela os textos que escrevo e, sob sua deferência, aponta as devidas correções linguísticas e gramaticais.

Hoje em dia, pela massificação da comunicação e da pressa em repassar aquilo que escrevemos, ficamos sujeitos ao tal do “corretor”, comum nos dispositivos das mídias que utilizamos. No entanto, convenhamos, esse corretor não merece confiança e, muitas vezes, quando clicamos no enviar, lá se foram impregnadas grafias, não aquelas que estavam nas pontas dos dedos.

Sei que atualmente, o conceito de correção é mais flexível quanto a adequação da linguagem ao assunto abordado e ao tempo a que nos referimos. No entanto não podemos fugir do padrão da língua culta e aos preceitos das normas gramaticais a ponto de constranger as expectativas do leitor.

Alguns desvios linguísticos são tidos como compreensíveis se estão dentro de um contexto permissivo, desde que não sejam utilizados de forma indiscriminada, pois assim se apresentam como erros na língua escrita.

Uma transgressão à ortografia não significa considerar uma deficiência comum do escritor. Necessário se faz que o ensejo às críticas sejam “corretivas” sem no entanto esse tratamento o deixe humilhado.

Sabemos que o domínio da ortografia em qualquer língua é custoso e requer contato com leituras e escritas dessa língua. Isso não se esgota só nos bancos escolares. Dominar bem as regras de ortografia é um trabalho permanente e não depende exclusivamente da nossa idade. Todos devemos estar em alerta em ver, ouvir, falar e escrever da maneira mais correta que possa.

Os critérios básicos, no entanto, não devem ser desrespeitados, para que tenhamos uma fluidez linguística que agrade ao nosso leitor. Não podemos deixar de observar o emprego correto das concordâncias verbais e nominais, dos gêneros, das formas verbais, das formas pronominais, entre outros cuidados necessários a dar clareza à qualidade do texto.

Não precisa ficar preocupado. Por mais que você treine a escrita diariamente, estude, leia, converse, assista vídeos com fiel tradução, sempre seremos “surpreendidos” pela necessidade de uma correção gramatical, de ortografia ou de pontuação em nossos textos.

Quem já não se admirou ou exclamou?: “Ele fala muito bem!” ou “Ele escreve muito bem!”

Certamente cada um de nós temos uma afinidade com a maneira de escrever, deste ou daquele escritor que nos conduz ao entendimento da mensagem que quer nos passar. Isso é bom, pois torna a leitura agradável e, dela, aproveitamos o que há de melhor.

Por isso é importante ser amigo da grafia correta.

Ainda bem que temos “anjos” que com carinho e respeito, nos ajudam a corrigir as distorções dos arranjos das letras. É por isso que sempre me convenço que sou um “eterno aprendiz” ou de forma mais precisa, um “aprendiz das letras”.

Só me resta agradecer a todos que colaboram, com desprendimento de autoridade, para que eu melhore cada vez mais em lidar com a escrita. Além da amiga escritora Simone Rodrigues, presto também meu agradecimento especial ao amigo, crítico literário, Wilson Roberto de Medeiros.

Viva a Língua Portuguesa!

 

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras ([email protected])

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