EXPECTATIVAS –

Um breve diálogo para exemplificar que a emoção e o sentimento de que algo foi pleno ou não, muda de pessoa para pessoa conforme cada um abre o seu leque e abana a sua expectativa.

Quando reclinamos os nossos desejos de sucesso em coisas ou pessoas abrimos a possibilidade para os riscos que podem nos levar a ir colocando os pés devagar, como que avaliando o terreno em que vamos pisando. É o que chamamos de “com o pé atrás”.

Esse cuidado, excessivo ou comedido, tem como defesa evitar algum tipo de frustração. Isso porque vamos amealhando no caminhar da vida algumas inseguranças por experimentos passados que nos deixam, hoje, de “orelha em pé”.

Possivelmente isso seja comum para alguns por quererem encontrar o melhor, o mais sensacional, o mais perfeito, as coisas mais elaboradas e mais requintadas. Esquecemos de darmos a oportunidade de espreitar as coisas mais simples e nelas encontrar satisfações mais significativas para o nosso deleite, uma vez que, certamente, nos colocam em sintonia com o essencial, tal como cada um encara a realidade das coisas.

Aproximar a expectativa da realidade parece ser um bom dosador para que as nossas emoções possam se segurar até ao final do acontecimento para explodir de satisfação ou de frustração.

Saber a opinião de alguns dos diletos amigos e amigas, com as perguntas “O que é uma Expectativa?” e “Como você reage diante dela?”, serviram para enriquecer e complementar este artigo com suas visões. Vejamos:

“Uma espera de algo importante que tem a força de mexer com o nosso emocional. Pode ser algo muito bom ou não” (Dos Anjos Soares)

“Condição de quem espera para que algo aconteça. Reajo de diversas formas a depender do que é que se espera. O resultado de um jogo de futebol ou de um exame médico, gera uma ansiedade grande, mas quando o resultado é favorável nos dá um alívio sem tamanho”. (Jorge de Castro)

“É o tempo de espera de algo que planejamos se realize. Nessa espera surgem milhões de interrogações: Será que vai dar certo? É melhor para mim ou para o outro? Reajo com entusiasmo ou frustação conforme se realize ou não”. (Soraya Morais)

“Um provável acontecimento a partir de variáveis e cenários que indicam alta probabilidade de vir a se tornar realidade. Quando a expectativa envolve o desejo de que venha acontecer e se torna realidade gera satisfação e um estado de felicidade. Quando sua realização não nos apraz, eventualmente podemos e devemos interferir para mudar esse cenário. É preciso lidar com as situações pautadas pautadas pela realidade e com equilíbrio emocional necessário”. (Elan Miranda)

“Esperar que sempre aconteça o melhor. Reajo com preocupação quando não acontece”. (Cléa Josuá)

“São crenças de que algo vá ocorrer exatamente como imaginamos ou de que alguém vá se comportar ou agir como pensamos. São esperanças, projeções. Quando atendidas, maravilha! Quando não, experimentamos uma grande frustração. Reajo me perguntando: Será que era para ser? Seria o melhor para mim? Eu agiria da forma como aquela pessoa agiu? Eu faria o mesmo por ela? Esse exercício é libertador, pois o sentimento de desilusão é substituído pela aceitação de que não temos o controle de tudo e nem de ninguém”. (Wanderlea Costa)

“É esperar algo de alguém. Reajo com entusiasmo ou frustração”. (Juliana Fernandes)

“Imaginação de algo que esperamos ser positivo ao nosso desejo e que às vezes a realidade não condiz. Reajo com ansiedade e de acordo com a realidade posso sentir decepção, tristeza e irritabilidade’. (Cristiane Neves)

“Algo que se almeja, que se vislumbra como meta a ser alcançada. Como agricultor espera uma boa colheita. Reajo com alegria e gratidão, se alcançada; se frustrada, procuro entender as razões e situações. Que ao menos tragam ensinamentos. Como seria um mundo sem expectativas?”. (Crys Tinoco)

No viver e no aprender que as pessoas como elas são, já não crio nenhum expectativa centralizada em mim. Transfiro para aqueles a quem amo e fico torcendo para que cada um obtenha o sucesso desejado. Se eles não conseguem, me sinto desapontado (no meu silêncio reclusivo).

O certo é que não dá para viver sem expectativas.

Elas dão sentido à nossa vida e renovam a esperança por novas expectativas.

 

 

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

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