Faz trinta anos desde a Guerra do Golfo, exatamente nesta data que eu cheguei em Israel. Eu lembro de quando eu vim da Suíça para cá, eu perguntei se existia passagem para aquele dia e o comissário me informou que eu era o único passageiro até então.

Tudo começou no dia 12 de agosto de 1990 quando o então líder do estado do Iraque, Saddam Hussein, invadiu o Kuwait, gerando assim a imediata e veemente condenação internacional. De imediato, o conselho de segurança da ONU impôs sansões econômicas contra o Iraque e com o apoio militar da Primeira Ministra britânica, Margareth Thatcher, junto com o presidente dos EUA, George W. Bush, enviaram um muito grande de soldados para a Arábia Saudita. Não contentes, as duas nações pediram para que todos os países do mundo enviassem seus exércitos, nisso mais de trinta países se aliaram, transformando assim a maior aliança internacional desde a Segunda Guerra Mundial.

O Kuwait, assim como a Arábia Saudita não ficaram de fora, os dois países contribuíram financeiramente com as tropas aliadas contra o Iraque, foram 60 bilhões de dólares. A estratégia de Hussein foi justamente atrair Israel para a guerra também, para diminuir o número de aliados, porque alguns países árabes que estavam contra o Iraque, não queriam ficar do mesmo lado do Estado judeu.

Eu me lembro que ao descer no aeroporto internacional Ben Gurion em Tel Aviv, havia caído um míssil de médio alcance na cidade de Haifa, que fica exatamente entre a cidade que eu vivo e Tel Aviv. Esta foi minha primeira recepção, as boas vindas que eu recebi, ouvindo as sirenes para que todos corressem para os abrigos antibomba.

Durante o percurso, viajando no carro dos meus sogros, com minha esposa (na época ainda era minha namorada), a gente passou por Haifa e conseguimos ver a fumaça do míssil que caiu em um shopping center. O estrago que eu vi me impressionou e para minha sorte, cinco dias depois, a guerra terminou, mas esta só foi a primeira parte. A segunda parte da guerra foi com George W. Bush filho e a história fica para depois.

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

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