Depois de várias tentativas por parte do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em tentar impedir a acusação de corrupção contra ele, finalmente a primeira audiência foi marcada com a presença obrigatória do político. Pois nessa quarta-feira (20), um tribunal em Jerusalém determinou que ele aparecesse à primeira audiência, Netanyahu havia solicitado dispensa de constar nos trâmites legais, mesmo com o parecer do Ministério da Justiça exigindo sua presença. Como a opinião do ministério não tem força de lei, a corte de Jerusalém, que julgará o primeiro-ministro, tinha a última palavra. Em sua decisão, o Tribunal de Magistrados de Jerusalém cita uma cláusula na lei criminal israelense de que “uma pessoa só pode ser julgada sob acusação criminal em sua presença”.  Netanyahu foi indiciado em novembro por corrupção, fraude e quebra de confiança estatal em três casos diferentes. Neste próximo domingo (24), ele irá comparecer a corte para responder sobre o chamado caso “4000” ou “Bezeq”, o nome de uma empresa de telecomunicações, é particularmente sensível ao primeiro-ministro. Porque ele é acusado de ter favorecido em milhões de dólares a essa empresa, em troca de uma cobertura favorável da mídia de uma das mídias do grupo, o portal digital Walla. Netanyahu deu início ao seu quinto mandato, como líder do governo em Israel,  no último domingo, 17 de maio, após conseguir formar uma coalizão conhecida por “Corona”, com o seu maior rival, Benny Gantz.

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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