Os números de infectados no Brasil, que até o momento são aparentemente amenos principalmente em relação aos EUA, bem como a Europa Ocidental, infelizmente não trazem a realidade do que ainda está por vir. Estou em contado permanente com o professor Antonio Manso da Rocha, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), grande pesquisador e analista de geoprocessamentos, ele demonstra grande preocupação com a situação do Brasil nesta pandemia, pois a curva gráfica aponta uma calamidade num futuro próximo. Antonio Manso comparou o Brasil a Israel (país onde vivo) e observou uma diferença na curva exponencial, onde se vê o Brasil aumentando o número de mortos e infectados, enquanto Israel que viu surgir o primeiro caso a três meses atrás, apresenta um quadro de recuperação e controle, nos números de infectados, principalmente. Então o que responderia está diferença de números de mortos em Israel e no Brasil? Eu responderia que partindo da premissa de que em Israel está sofrendo com dois meses  de antecedência, com a questão do covid-19, em relação ao Brasil, apresentando apenas 10% dos mortos daí (Brasil), posso concluir que o isolamento da população, mesmo que não tenha sido de 100%, ajudou a baixar o número dos infectados. Já com relação ao número de mortos, não resta dúvidas que as condições hospitalares israelenses são melhores que as brasileiras. E a maior prova disso é que o número de infectados em Israel se deu entre os locais em que se concentram os religiosos ortodoxos, que não acreditam na ciência e não obedeceram as normas do Ministério da Saúde, indo aos cultos e rezando de forma aglomerada nas sinagogas. Logo a conclusão é que é melhor se isolar, para que o vírus não se dissemine em maior velocidade, mas a vem a divergência séria com a economia, já que preservar a saúde implica em acabar com as empresas de turismo, aviação, etc, daí tenho entendido que cada governo independente do país, existem duas correntes sobre o assunto o que ocupa a cadeira do ministério da economia é contra isolamento, e o que ocupa a cadeira do ministério da saúde é a favor. Pois  já não há esperanças para esperar por vacina para este surto, embora eu tenha sido informado aqui em Israel pela doutora em biologia do Instituto Weizmann, que Israel obteve sucesso no que seria o protótipo da vacina deste novo coronavírus, usando ratos como cobaia. No entanto, não se sabe como será a reação em seres humanos, as vacinas só serão testas em torno de três meses, após receber autorização das autoridades locais e respectivos familiares dos infectados em estado crítico.

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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