COISAS QUE LI E VI –

Fui criado entre negros, brancos e pardos, fui menino de engenho e aprendi essa maneira de viver, todos irmãos. Brincávamos misturados uns entre os outros sem ver a cor da pele. A casa de meu avô era cheia de pessoas negras, assim aprendi a viver sem diferenciar a cor de um ser humano, e sim o seu caráter.

Nos últimos dias tenho visto muitas notícias sobre o crime do Carrefour em Porto Alegre mas, me espanta as manchetes racistas em que a cor da pele estar em primeiro lugar – “Policial branco mata negro. ”  Dando ênfase a cor da pele entre os envolvidos no crime e qualificando o Brasil como um país racista. Discordo, não vejo assim e até concordo com o General Mourão quando disse – Os direitos dos negros são iguais aos direitos dos brancos. Admito que as oportunidades dos brancos são maiores do que as dos negros, pois fomos colonizados por brancos que era a classe dominante.

Voltando ao crime do Carrefour. Foi um crime horrível, de uma brutalidade exagerada e que poderia ter sido evitada, nisto concordo, mas na minha opinião, se fosse um cidadão branco, teria levado as mesmas porradas.

Alguns idiotas brancos até xingam alguns negros, mas para mim essas pessoas estão fora do contexto pois são minorias. Precisamos acabar com esta maneira de valorizar as pessoas pela cor da pele é um absurdo, esquecemos o valor moral e outros valores e isto só aumenta o racismo, só aumenta o ódio entre seres humanos. Não protestamos contra a segurança das pessoas, não protestamos pelo nosso precário sistema da saúde e da educação, não protestamos pela falta de trabalho, este é o clima que estamos vivendo, jogando uns contra os outros.

Li um artigo do colega e amigo José Marcilio de Souza, falando sobre os efeitos medicinais do mel de abelha jandaíra e frisou que curou as suas amigdalas, contou que tomou com limão e curou-se até hoje. Para mim o colega deixou de contar que quando chegou em casa acendeu uma vela para Frei Damião, rezou um Padre Nosso e três Ave Maria pedindo a sua cura. Esqueceu também de contar que o mel de abelha é bom para levantar, aí sou eu que estou dizendo, nunca vi remédio tão bom, eu só levantava com ajuda de minha mulher, era um problema grande, uma tristeza, e ela rezava todo dia, mas, não havia jeito.

Um belo dia passei pela bendita Jandaira e vi muitas garrafas de mel para vender, parei a camionete e perguntei para que servia. O vendedor me explicou tudo direitinho e me deu a dosagem certa. Cheguei em casa tarde tomei banho, peguei o mel e fui me deitar. Gente não é mentira, com duas semas de mel eu acordava, me espreguiçava, estirava as pernas e me levantada da cama sem sentir uma dor na coluna e até hoj levanto cedinho sem sentir dor. Um santo remédio.

 

 

 

Guga Coelho Leal – Engenheiro e escritor, membro do IHGRN

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