FLORENÇA É UMA PRECE – Diogenes da Cunha Lima

FLORENÇA É UMA PRECE – Quando Câmara Cascudo deu-me um exemplar de seu “Dante Alighieri e Tradição Popular no Brasil”, fez uma observação singular: “Eu já estou muito velho para voltar a visitar Florença. Você vá à Basílica Santa Maria Novella, local em que Dante costumava rezar, ajoelhe-se e faça uma prece. Não por ele, […]

O PASSADO SEMPRE RETORNA – Diogenes da Cunha Lima

O PASSADO SEMPRE RETORNA – As cidades são como pessoas, têm personalidade, têm DNA, têm definição de gênero. Natal tem personalidade forte e marcante. Sua tendência curvilínea – o rio, as dunas, o mar – prova que é feminina e enfeita-se para destacar sua beleza. Na festa dos seus 400 anos, convocado pelo gênio musical […]

A DIVINA COMÉDIA VISTA DE NATAL – Diogenes da Cunha Lima

A DIVINA COMÉDIA VISTA DE NATAL – Nos 700 anos da morte de Dante Alighieri, o mundo intelectual festeja a sua obra. Não hesito em afirmar que, dentre os peritos literários, ele foi o favorito de Câmara Cascudo. O Mestre de Natal foi o primeiro tradutor de Walt Whitman, traduziu Montaigne e, para seu deleite, […]

DAS BRUMAS DO PASSADO – Diogenes da Cunha Lima

DAS BRUMAS DO PASSADO – Um dia, o maestro Mário Tavares (1928 – 2003) convidou-me para escrever longo texto sobre os principais fatos históricos de Natal, como motivação das comemorações aos 400 Anos da nossa cidade capital. O potiguar compositor e maestro, diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Mário Tavares, foi um dos […]

NAPOLEÃO: EFEITOS COLATERAIS – Diogenes da Cunha Lima

NAPOLEÃO: EFEITOS COLATERAIS –  Mesmo nessa época de pandemia, muitos celebram Napoleão Bonaparte nos duzentos anos de sua morte. Ele é uma ilha, no sentido de um ser isolado, misterioso, único. Nasceu na   Córsega, em 1769. Prisioneiro, fugiu da ilha de Elba e morreu na ilha de Santa Helena, em 1821. Estrategista genial, conquistou para […]

A CANÇÃO DE NINAR – Diogenes da Cunha Lima

A CANÇÃO DE NINAR –  É a primeira e mais terna comunicação, depois do útero, segredo íntimo entre mãe e filho. A canção tem andamento suave, ritmo lento que favorecem o adormecer. A música é feita com harmonia simples para induzir ao sono. A criança sente (e creio incorporar) o afeto da sonoridade, música e […]

O REPENTE NORDESTINO – Diogenes da Cunha Lima

O REPENTE NORDESTINO –  Nenhuma região do país é tão pródiga na inventividade como o Nordeste. A arte do repente identifica a nossa região. É o exercício da poética popular, do sertão ao litoral, com versos de fazer inveja a poetas eruditos. O repente nordestino é duelo verbal de cantadores com o acompanhamento de viola, […]

A DANÇA DEMOCRÁTICA – Diogenes da Cunha Lima

A DANÇA DEMOCRÁTICA – Não vou tratar da dança política que, geralmente, é feia, sem graça. Cuido de autêntica dança, verdadeiramente popular, participativa, que expressa a identidade nordestina, brasileira. A Ciranda Nordestina acaba de ser reconhecida como Patrimônio Imaterial do Brasil pelo Instituto Histórico do Patrimônio Nacional- Iphan. A decisão baseou-se em primorosa resenha de […]

JOSÉ – Diogenes da Cunha Lima

JOSÉ –  José Augusto Delgado é, na expressão de minha filha Cristine, uma dessas raras pessoas que não precisam estar presentes para ser presente. É natural, pois, que ele continua entre nós. O nome é o destino. José significa “aquele que acrescenta”. Augusto é o que é elevado, eminente. Delgado quer dizer leve, sutil, de […]

O REPENTE NA ACADEMIA – Diogenes da Cunha Lima

O REPENTE NA ACADEMIA –  A nossa Academia Norte-rio-grandense de Letras eleva os valores da cultura e é aberta às manifestações populares. O programa “Academia para Jovens” recebe alunos e professores para aprimorar o sentimento da importância da cultura transmitida pela educação. O improviso e o repente dos cantadores não lhe são ausentes. A prodigiosa […]

PABLO NERUDA, OS AMORES – Diogenes da Cunha Lima

PABLO NERUDA, OS AMORES – O chileno Pablo Neruda (1904-1973), o mais amado poeta do século vinte, continua encantando mulheres e, também, quem costuma conjugar o verbo amar. Ao conceder-lhe o Prêmio Nobel, em 1971, a Academia de Letras da Suécia deu a razão: “Poeta da Humanidade Violentada”. Vinicius de Moraes, seu irmão de eleição, […]

A MAGIA DO CAVALO-MARINHO – Diogenes da Cunha Lima

A MAGIA DO CAVALO-MARINHO –  O cavalo-marinho tem a atração da beleza e sedução mágica. Cresce na fantasia, imaginação e na história humana. Transfere a quem dele se aproxima sorte, alegria e felicidade. Felizes são os habitantes das zonas costeiras que podem conviver com esse tipo diferente de peixe. Todos os povos antigos que habitavam […]

PARISOT, UM POTIGUAR NO MUNDO – Diogenes da Cunha Lima

PARISOT, UM POTIGUAR NO MUNDO –  O nosso Rio Grande é um estado densamente musical. Muitas cidades exibem bandas de música e conjuntos musicais. Temos excelentes compositores e intérpretes. A música é parte feliz do dia a dia dos potiguares. O natalense Aldo Parisot provou às Américas e à Europa a nobreza do violoncelo. Por […]

NA ROTA DO CAVALO-MARINHO – Diogenes da Cunha Lima

NA ROTA DO CAVALO-MARINHO –  A Rota do Cavalo-Marinho é onde a natureza faz a festa. Dela participam os municípios praieiros de Galinhos, Guamaré e Macau. Vejamos Guamaré. Acolhedoras pousadas e hotéis são disponíveis aos turistas. O forte da economia está na refinaria de petróleo Clara Camarão, ainda que nos últimos tempos pouco valorizada pela […]

VALORIZEMOS NOSSA HERANÇA CULTURAL – Diogenes da Cunha Lima

VALORIZEMOS NOSSA HERANÇA CULTURAL –  Em futuro não muito distante, o Brasil será o mestre da arte de viver. Essa habilidade é o que o país possui de mais brasileiro e decorre da maravilhosa mistura de raças que interagem com a natureza. Privilegiamos a afetividade por sobre as técnicas e, até mesmo, acima do raciocínio. […]

A EXPANSÃO DO AFETO – Diogenes da Cunha Lima

A EXPANSÃO DO AFETO –  Afeto é assunto do coração. A afetividade constrói, junto à função motora e à inteligência, o equilíbrio e a harmonia da vida psíquica. Nestes bicudos tempos de pandemia, as manifestações afetivas quase desapareceram. São vedados o abraço, o beijo, e até o próprio “cheiro”, tão nordestinamente brasileiro. São tempos de […]

UM HOMEM FEITO DE BOM HUMOR – Diogenes da Cunha Lima

UM HOMEM FEITO DE BOM HUMOR –  Vida e obra de Veríssimo de Melo tem sido celebrada no centenário do seu nascimento. Sempre admirável, exerceu eficientemente as funções como professor, antropólogo, jornalista, poeta, cultor de música. Foi o aluno dileto e parceiro continuador da obra de Luís da Câmara Cascudo. O acadêmico Ivan Lyra lembra […]

A COMADRE QUASE CEM – Diogenes da Cunha Lima

A COMADRE QUASE CEM – A “Peixada da Comadre” é marco nascente da gastronomia potiguar. A atual administração, sob o comando principal do bisneto Daniel, cuja gestão contará com outros parentes gestores, programa a reinvenção do estabelecimento com festividades comemorativas e realizações culturais, permanecendo a tradicional comida boa. Há noventa anos, a “Comadre” servia caldos […]

A CONSTRUÇÃO DA SOLIDARIEDADE – Diogenes da Cunha Lima

A CONSTRUÇÃO DA SOLIDARIEDADE –  Todos nós somos responsáveis pela preservação da dignidade humana. Há, para tanto, razões jurídicas e filosóficas. A Constituição Federal, em seu artigo primeiro, estabelece a dignidade do homem como fundamento da nacionalidade. Sob outro prisma, é mandamento para quem pensa com sabedoria. Toda pessoa merece respeito, tem direito à honra, […]

UM PRÍNCIPE NO INFERNO – Diogenes da Cunha Lima

UM PRÍNCIPE NO INFERNO – O poder judiciário italiano está fazendo a revisão, com pedido de anulação, da sentença que condenou Danti Alighieri à morte. A ação processual é proposta por um descendente, astrofísico Sperello Alighieri. O advogado do feito é o professor de Direito Processual Penal Alessandro Traversi. O autor da “Divina Comédia” fora […]