Jaecio Carlos *
Meu filho chegou de viagem sexta-feira, 21h 50min. pela TAM ao Aeroporto Aluisio Alves, em são Gonçalo do Amarante. Fomos buscá-lo, eu e o tio dele. Levei Ruan, meu enteado de 10 anos, para ver os aviões decolando e aterrissando. E à tira-colo, uma câmera para registrar esse espetáculo, mas não conseguimos ver os aviões. Os aeroportos modernos não tem mais aquela varanda onde pessoas se deliciavam vendo esse movimento de embarque e desembarque, na pista. Ruan ficou frustrado e a todo o momento perguntava pelos aviões.
O aeroporto, que ainda não é internacional, é muito bonito, refrigerado, amplos espaços, poltronas aconchegantes, lanchonetes caras, mas pra nós é ainda muito longe.
Pois bem, os caminhos que levam ao Aluisio Alves são íngremes, sem sinalização adequada e escuros. Quem não conhece se perde e pode chegar atrasado para o vôo, ou até perdê-lo. É muito complicado ir ao aeroporto a noite. De dia dá até pra quebrar o galho com a visibilidade melhor, quand o sol brilha no céu de Natal. Chovendo é outro drama.
Além do mais a paisagem que se vê é de um deserto, muito diferente da que a gente vê quando se usa o aeroporto de Parnamirim. Mais perto e a entrada de Natal vista com satisfação pelos visitantes. Passar por baixo da Estrela de Natal, naquele monumento dos Reis Magos dá uma sensação diferente da que temos hoje chegando pelo Aluisio Alves.
Quem vem a Natal e vai hospedar-se em Ponta Negra, por exemplo, paga 150 reais pelo táxi. Tá na hora de alguma empresa colocar os “frescões”, ônibus confortáveis, para levar passageiros de São Gonçalo a Via Costeira como existem em São Paulo, Rio, Cofins em BH e ouros grandes centros.
Agora que um potiguar está à frente do Ministério do Turismo, bem que poderíamos ter melhores alternativas para traslado aeroporto-hotéis e promover o Aluisio Alves a categoria Internacional, permitindo vôos de Natal para o mundo e vice-versa.
Não podemos viver só de esperanças.
*Jaecio Carlos – Publicitário e apresentador do Café da Tarde com Jaécio Carlos