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Ao menos 41 pessoas morreram e 239 ficaram feridas em decorrência do atentado terrorista executado na noite de ontem num terminal do aeroporto internacional Ataturk, de Istambul, o mais importante da Turquia.  Localizado na parte europeia de Istambul, o aeroporto internacional de Ataturk é o 11º do mundo em fluxo de pessoas, registrando cerca de 60 milhões de passageiros no ano passado. Segundo as informações, 36 pessoas perderam a vida”, revelou o primeiro-ministro turco, Bimali Yildirim, no local do ataque, destacando que “os indícios apontam para o Daesh” (acrônimo em árabe do Estado Islâmico). “Um terrorista começou a atirar com uma Kalashnikov e, então, se detonou”, relatou o ministro turco da Justiça, Bekir Bozdag, em pronunciamento no Parlamento, em Ancara.

Uma onda de pânico varreu o terminal de voos internacionais, quando duas violentas explosões seguidas de tiroteio foram ouvidas, por volta das 22h (16h, horário de Brasília). Mais de dez ambulâncias foram enviadas ao terminal, noticiou a rede CNN-Türk. “Foi muito forte. Todo mundo entrou em pânico e começou a correr em todas as direções”, disse um dos que presenciaram o ataque.  Os agressores metralharam passageiros e policiais de plantão, o tiroteio começou, e três suicidas se detonaram. A televisão local divulgou imagens impressionantes, mostrando um policial que atira em um dos terroristas. Ferido, o indivíduo cai no chão e aciona sua carga explosiva. Fotos divulgadas nas redes sociais mostram danos materiais significativos dentro do terminal e passageiros deitados no chão.  Todos os voos foram suspensos, e um grande efetivo policial estabeleceu um perímetro de segurança na área afetada, segundo imagens transmitidas pelas emissoras locais. Este foi o ataque mais violento na metrópole turca, que já havia sido atingida por outros três atentados neste ano.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, fez um apelo à “luta comum” no plano internacional após o triplo atentado. “Espero, sinceramente, que o ataque visando ao aeroporto Ataturk seja uma virada para a luta comum a travar, com os países ocidentais à frente, em todo o planeta, contra as organizações terroristas”, afirmou Erdogan em um comunicado. Em entrevista coletiva no primeiro dia da cúpula europeia em Bruxelas, o presidente francês, François Hollande, condenou “duramente” o que chamou de “ato abominável”. “Quero condenar duramente esse ataque”, declarou Hollande, acrescentando que “esses atos terroristas que acontecem depois de outros têm como consequência deixar a situação ainda mais difícil na Turquia”. Washington condenou o “atroz” atentado e prometeu seu “firme” apoio à Turquia. “O aeroporto internacional Ataturk, como o aeroporto de Bruxelas que foi atacado anteriormente este ano, é um símbolo das conexões internacionais e dos laços que nos unem”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em uma nota.

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