VIDA E EMPREGO –
A grande batalha do momento é a discussão pela vida ou retomada da economia em todos os espaços. Colocado de forma dual, esta dicotomia, um ou outro, como se as atividades econômicas estivessem completamente paralisadas, o que não é verdade. Há setores que continuaram empreendendo e faturando, podendo citar, tais como: a indústria alimentícia, construção civil, supermercados, atacarejos, setor financista, agronegócio, agricultura familiar, informática, redes de comunicação e um sem números de atividades que utilizaram da criatividade para faturarem ou por serem considerados essenciais.
Os serviços e principalmente o turismo de fato foram bastante afetados, setor hoteleiro e de pousadas, viação civil, agentes de viagens, transporte em geral, restaurantes e bares, casa de shows, artesanatos, centros culturais, parques e todos os correlatos, direto ou indiretamente que se articula com as atividades do turismo. Educação em todos os níveis, mesmo sendo atenuado com a modalidade de educação a distancia, estão sendo impactados com a crise sanitária.
Como paradigma de quaisquer discussões, o coronavírus é desconhecido, não tem protocolos médicos, não há remédios específicos e testados cientificamente, há muita presunção da experiência da saúde com medicamentos com a intenção de profilaxia e estão sendo aplicados, com muitos pacientes sendo levados a óbitos e outros tantos, sendo curados. O certo dentro das condições de cada um, o isolamento social se constitui na melhor maneira de evitar a expansão do coronavírus, para se salvar o maior número de vidas.
A defesa da vida corresponde à dignidade humana, portanto, o isolamento social com todos os cuidados, de limpeza, higiene, de uso de máscaras e álcool gel, alimentação adequada para uma melhor imunização do organismo, hidratação permanente, exercícios físicos, estão na liga que mantem a vida, exigindo de cada um, uma conduta ética, de retidão e solidária em face as visíveis diferenças.
A economia nos Municípios e Estados, quando os números de contágios e de mortes começam a cair, e os leitos hospitalares, incluindo as UTIs ficando disponíveis, a economia precisa retornar com mais segmentos com todos os cuidados, pela falta do domínio do combate ao vírus letal que vem vitimando seres humanos em todo o planeta, para garantir empregabilidade, e a normalidade da vida moderna, a fim de se ganhar folego para resistir uma segunda ou terceira onda, e não para assegurar, simplesmente os ganhos extraordinários dos portentosos.
Assegurar a vida, o retorno da economia com empregabilidade, a atuação do Estado na sua plenitude, inclusive na capacidade arrecadadora dentro da lei, com a finalidade de garantir os pagamentos remuneratórios dos servidores e dos fornecedores dentro da complexidade da dinâmica da economia, mesmo no primeiro momento com isenções, incentivos subsidiados, e programas públicos de renda mínima, vai retomar a força da sociedade.
A economia nestas condições de retração da expansão do vírus, até se encontrar uma vacina e medicamentos eficazes específicos, deve voltar com todo cuidado do Poder Público e da cidadania, que não deve descurar dos métodos preventivos, pois vida e emprego não se deve separar, pelo contrário andar juntos, ser encontrado uma interação, pois, mais de setenta mil vidas perdidas no país, ainda com tendência ao crescimento, verdadeiramente, é um desastre que marcará a História.
Evandro de Oliveira Borges – Advogado
