Hoje os venezuelanos estão votando no plebiscito simbólico contra o presidente Nicolás Maduro e seu projeto de Assembleia Constituinte. A votação começou às 8h (hora de Brasilia) e oposição usou as redes sociais para chamar a população para votar. Para o lider da oposição Henrique Capriles, ainda há tempo para que seja cancelada uma Constituinte que ninguém quer. Maduro convocou uma votação em 30 de julho para eleger membros de uma assembleia especial para promover alterações na Constituição da Venezuela, de 1999. A oposição diz que o voto é estruturado para reunir na assembleia constitucional os apoiadores do governo e permitir que Maduro elimine oposições, criando um sistema ao estilo cubano, dominado por seu partido socialista. Maduro e os militares dominam a maioria das instituições do Estado, mas a oposição controla o Congresso.
Os opositores acreditam que a consulta deste domingo, que não tem caráter vinculante, mostrará ao mundo que a maioria se opõe à iniciativa de Maduro para reformar a Constituição. Segundo o instituto de pesquisa Datanálisis, 70% dos venezuelanos rejeitam a Constituinte. Maduro considera o plebiscito ilegal, defendendo que apenas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) pode realizar processos desse tipo. A gestão de Maduro é rejeitada por sete em cada dez venezuelanos em meio à devastação econômica, mas ele insiste em se dizer vítima de uma tentativa de golpe de Estado apoiado por Washington e de uma guerra econômica que leva à escassez de bens básicos e a uma voraz inflação.
