
Depois de mostrarem uma leve alta no mês anterior, as vendas do comércio varejista brasileiro voltaram a recuar em julho. Em relação a junho, a retração foi de 0,3%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (13).
Já em relação a julho do ano passado, o comércio recuou 5,3%. Essa é a maior queda – nessa base de comparação – desde o início da série histórica, em 2001. No ano, o volume de vendas também apresenta resultado negativo de 6,7% e, em 12 meses, de 6,8% – mostrando também a queda mais intensa da série, considerado o período.
Em relação a julho do ano passado, as vendas do varejo foram impactadas principalmente pela queda nos ramos de móveis e eletrodomésticos (-12,4%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,6%). Na sequência, aparecem os combustíveis e lubrificantes (-9,9%) e tecidos, vestuário e calçados (-14,2%).
Ao contrário do observado na comparação mensal, o volume de vendas do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuou 0,1%, ficando praticamente estável. Já de junho para julho, o que mais influenciou negativamente foram as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%) e de combustíveis e lubrificantes (-0,3%). Os dois grupos têm os maiores pesos no cálculo da taxa geral do varejo.
Em julho, recuaram as vendas do comércio de 16 das 27 unidades da federação, na comparação com junho. A maior baixa partiu de Mato Grosso (-3,5%) e a menor, de Minas Gerais (-0,1%). Por outro lado, subiram as vendas em Roraima (4,0%) e no Amazonas (3,4%).
Frente ao ano passado, o varejo teve resultado negativo em quase todas as regiões. No Amapá, a queda foi de 18,9%, no Pará, de 15,5%, em São Paulo, de 3%, no Rio de Janeiro, de 5%, e Bahia, de 13,4%. Apenas Roraima registrou alta, de 3,2%. Para receita nominal, foi registrada alta de 0,7% em relação a junho – a quarta taxa positiva seguida.