A redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos novos, em vigor desde maio, aumentou a procura e reduziu estoques em todo o país. Em Natal, há fila para comprar carro novo. Numa das concessionárias Renault, a espera pode chegar a até 60 dias para modelos como o Renault Sandero, afirma o gerente de vendas, Diogo Batista. Numa das concessionárias Fiat, a espera pode chegar a até 120 dias para modelos recém-lançados, segundo Carlos Zonta, gerente comercial. Também há fila de espera em outras capitais como São Paulo, onde os consumidores esperam, em média, 90 dias.
Muitos dos modelos procurados, como o Novo Uno, da Fiat, disponíveis para pronta entrega, ‘sumiram’ dos pátios com o aumento da procura nos últimos meses, afirmam os gerentes, que comemoram o crescimento das vendas. Na concessionária Renault, a procura por carros novos subiu 30% após a redução do IPI. Na concessionária Fiat, as vendas subiram 50% em junho e 70% em julho – em comparação com um mês sem desconto do imposto. “Os estoques estão muito baixos, porque estamos vendendo tudo”, afirma Zonta.
O número de veículos emplacados – termômetro das vendas – dá mostras do aquecimento. Em julho, o RN emplacou 3.734 novos veículos, considerando apenas automóveis e comerciais leves (como vans e furgões), segundo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que representa sete mil concessionárias em todo o país. O número é 20,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Este é o segundo melhor resultado para o mês de julho obtido em dez anos. É menor apenas que o registrado em 2008, quando foram vendidos 4.492 automóveis e comerciais leves no estado. O Brasil, que registrou incremento um pouco maior que o RN, teve o melhor resultado para o mês de julho desde 1957, quando a série histórica teve início.
O aumento da procura por automóveis provocou uma leve alta na produção industrial brasileira em junho (+0,2%), segundo o gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Luiz Macedo, em entrevista ao portal G1.
Fonte: Tribuna do Norte