
Um ano e um mês após contratado, o estudo para reconfiguração da rede de transportes da Região Metropolitana de Natal e do Estado ainda não foi totalmente concluído. Contratado pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER) em junho de 2013 e realizado pela empresa Oficina Engenheiros e Consultores Associados Ltda. ao custo de R$1,1 milhão, o estudo ainda tem 30 dias para ser finalizado, segundo o departamento.
Entretanto, os relatórios enviados para o DER adiantam alguns caminhos, como a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica e modernização no sistema de monitoramento da frota nos transportes da RMN. O levantamento, baseado em cinco grandes pesquisas, traz também um dado alarmante: 75% do transporte utilizado no RN é clandestino.
O processo licitatório para o setor é inédito. O estudo servirá como um norteador para definição das regras e necessidades da rede de transportes no Rio Grande do Norte e na Região Metropolitana. A Oficina Consultores ficou responsável não só por fornecer um raio-x do sistema – número de veículos, passageiros, quantidade de linhas atuais e necessárias, viabilidade econômica da concessão – como também o edital com as regras para licitação.
A previsão inicial era que o estudo ficasse pronto no segundo semestre de 2013, mas demandas acrescidas pelo DER acabaram por atrasar o processo, segundo a arquiteta Adriana Torquato, consultora responsável pelo levantamento.
Atualmente, a rede metropolitana é dividida em dois anéis: o primeiro, que utiliza a mesma tarifa de Natal para os municípios conurbados, como Parnamirim. Já o segundo anel é dividido em níveis, com a tarifa calculada pela quilometragem.
Segundo o diretor de transportes, não há uma data para que o estudo de reestruturação da rede de transportes seja aplicado. “Tudo vai depender do que o estudo trouxer e da decisão da diretoria e do Governo do Estado”, afirmou.
Ainda que o novo sistema não seja aplicado agora, o DER já estuda um reajuste na tarifa dos transportes intermunicipais. O aumento depende do reajuste na tarifa de Natal, uma vez que os municípios do Anel I seguem a mesma tarifa. No ano passado, foi publicado um reajuste de 12,99% para o setor, logo revogado devido às manifestações populares de julho.
De acordo com a consultora Adriana Torquato, o estudo não traz uma sugestão de reajuste da tarifa atual, mas aponta a necessidade de acréscimos caso o novo sistema seja implantado.