
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), desembargador Claudio Santos, decidiu adiar a entrega de representação com pedido de ilegalidade da greve dos servidores do Judiciário. O pedido, que seria formalizado na manhã de hoje (19), foi transferido para amanhã (20). A decisão de postergar o pedido ocorreu após uma reunião do presidente do TJRN com representantes da Associação dos Advogados do Rio Grande do Norte (AARN) e Ordem dos Advogados (OAB/RN). “Recebi a visita dos advogados que ponderaram para deixar para amanhã. Acatei para não demonstrar uma inflexibilidade e, se continuar o indicativo de greve, encaminho a representação amanhã”, disse Claudio Santos.
A greve dos servidores foi definida na última quarta-feira (14), em assembleia extraordinária do Sindicato dos Servidores do Judiciário do Estado do Rio Grande do Norte (Sisjern). A paralisação está prevista para iniciar na próxima quarta-feira (21), a partir das 8h, e é uma resposta ao pacote de medidas de austeridade anunciada pelo presidente da Corte. Os servidores exigem, entre outros pontos, a revogação imediata da portaria que “dispensou” os diretores de secretaria.
Com o anúncio da greve, na última sexta-feira (16), o presidente do TJRN afirmou que iria solicitar a ilegalidade do movimento. A entrega da representação estava prevista para acontecer na manhã de hoje (19), em reunião com o Procurador-geral do Estado (PGE), Francisco Wilkie.
Porém, antes do encontro com Wilkie, Claudio Santos participou de reuniões com os advogados e decidiu mudar de ideia. “Mandaremos a representação amanhã, se a greve continuar”, explicou o presidente. Francisco Wilkie esteve na Presidência do TJRN e, além da greve dos servidores, falou sobre a cobrança de dívida ativa do Estado.