Vacina de Oxford (AstraZeneca) - Foto mostra voluntário recebendo a vacina em um hospital de Soweto, em Joanesburgo, na África do Sul, em junho de 2020 — Foto: Siphiwe Sibeko/Pool via AP
Vacina de Oxford (AstraZeneca) – Foto mostra voluntário recebendo a vacina em um hospital de Soweto, em Joanesburgo, na África do Sul, em junho de 2020 — Foto: Siphiwe Sibeko/Pool via AP

Os testes em humanos de uma vacina contra a Covid-19 combinando a Sputnik V, da Rússia, com o imunizante da AstraZeneca/Oxford, devem começar no início de fevereiro, disse o presidente da farmacêutica russa R-Pharm à agência de notícias Reuters.

O objetivo é avaliar a geração de anticorpos e segurança do uso combinado de um dos componentes da Sputnik V e um dos componentes da vacina AZD1222, desenvolvida pela AstraZeneca.

Em dezembro, as duas desenvolvedoras assinaram um acordo para testar a combinação dos imunizantes. A vacina da AstraZeneca/Oxford é uma das aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no Brasil.

Nas fases 1 e 2, que serão realizadas de forma conjunta, 100 participantes receberão a vacina AstraZeneca e, 29 dias depois, a vacina Sputnik V. Os testes acontecerão no Azerbaijão, Argentina, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Rússia e outros lugares (veja mais sobre etapas de produção de vacina abaixo).

A AstraZeneca ainda não se manifestou, segundo a Reuters.

Ambas as vacinas usam um vetor viral. Nesse tipo de vacina, os pesquisadores usam um outro vírus, modificado, para introduzir parte do material genético do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no organismo e induzir a resposta do sistema de defesa do corpo.

Nas duas vacinas, o tipo de vírus que “carrega” o coronavírus para o corpo é um adenovírus. As duas também são aplicadas em duas doses.

A diferença é que, na vacina de Oxford, os adenovírus usados nas duas doses são iguais. Na Sputnik V, eles são diferentes. Segundo os cientistas russos, isso é uma grande vantagem da vacina.

Kirill Dmitriev, o líder do fundo RDIF, que financiou a Sputnik V, disse que isso mostra a força da tecnologia da vacina e “a nossa disposição e desejo para fazer parcerias com outras vacinas para combater a Covid-19 juntos”.

Etapas para a produção de uma vacina

Nos testes de uma vacina – normalmente divididos em fase 1, 2, e 3 – os cientistas tentam identificar efeitos adversos graves e se a imunização foi capaz de induzir uma resposta imune, ou seja, uma resposta do sistema de defesa do corpo.

Os testes de fase 1 costumam envolver dezenas de voluntários; os de fase 2, centenas; e os de fase 3, milhares. Essas fases costumam ser conduzidas separadamente, mas, por causa da urgência em achar uma imunização da Covid-19, várias empresas têm realizado mais de uma etapa ao mesmo tempo.

Antes de começar os testes em humanos, as vacinas são testadas em animais – normalmente em camundongos e, depois, em macacos.

Fonte: G1

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