Promotores acompanham os depoimentos das testemunhas da Operação Judas

Os depoimentos sobre as fraudes na Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte foram retomados na manhã desta segunda-feira (3). Três servidores do setor de precatórios foram ouvidos pelos promotores Flávio Sérgio Pontes Filho, Jann Polacek e Paulo Batista Neto, do Ministério Público do Estado e apontam um possível envolvimento da irmã de Carla Ubarana nos crimes.

Segundo as testemunhas, Andréa Ubarana, funcionária do Memorial do TJRN, atuava como substituta da irmã durante suas férias. As testemunhas afirmaram os pagamentos se concentraram em Carla e quando ela estava ausente, era Andréa quem manuseava os processos e fazia todas as funções da irmã, mesmo havendo um servidor designado a substituir a chefe da divisão.

Os desembargadores aposentados Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro, que estão sendo julgados por envolvimento nas fraudes, também foram ao local acompanhados de seus advogados de defesa. Eles são apontados como beneficiários do esquema investigado na Operação Judas, mas negam a autoria do crime e recebimento do dinheiro desviado nas fraudes. “Eu nunca contribuí de nenhuma maneira para o desfecho disso. Eu reafirmo: nunca fui na casa dela [Carla Ubarana], nunca recebi nenhum envelope pardo. Só uma mente doentia como a dela para dizer algo desse tipo”, disse o desembargador Oswaldo Cruz. Ele ainda negou a acusação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que ele fosse aposentado compulsoriamente, de que teria sido negligente. “Fui enganado. Nunca seria negligente em um tribunal com 500 cargos de confiança”, afirmou.

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