
Preso pela Polícia Federal na manhã deste quarta-feira (15), em sua residência em São Paulo, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é foco de sete frentes de investigação pela força-tarefa da Operação Lava Jato. As apurações envolvem o recebimento de propina em obras de refinarias e unidades petroquímicas, em contratos do setor naval para o pré-sal, em negócios com recursos do fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobras (Petros) e por enriquecimento ilícito.
Vaccari e sua cunhada foram preso pela Polícia Federal e levados diretamente para a Superintendência da PF em Curitiba, onde estão concentrados os trabalhos da Lava Jato.
Denunciado criminalmente como o operador de propina do PT no esquema de cartel e corrupção na Petrobras, o tesoureiro nacional do partido já havia sido conduzido coercitivamente a depor, no dia 5 de fevereiro. Desta vez, a mulher dele Giselda Rosie de Lima foi conduzida coercitivamente a depor.
Uma das frentes envolve um suposto pagamento de R$ 400 mil, depositado em 2008 na conta da mulher de Vaccari por empresa usada pelo ex-deputado federal José Janene (PP-PR) – estopim da Lava Jato.
Em um pen drive aprendido nas buscas da Lava Jato, a PF localizou o contrato de empréstimo datado de 10 de novembro de 2008 e assinado pela mulher de Vaccari e pela empresa CRA – Comércio de Produtos Agropecuários Ltda., bem como o recibo de quitação de 2009.
A CRA estava registrada em nome do advogado Carlos Alberto Costa preso em 2014 pela Lava Jato acusado de ser laranja do doleiro Alberto Youssef.