TEMPOS DE ENCANTOS –
Tenho andado irritado,impaciente, zangado,nervoso, revoltado, indgnado mesmo-para ser mais sincero- toda essa tensão por conta da situação política atual do nosso Brasil,tá de lascar!
Esqueço até de falar em flores, tempos amenos ,vividos numa época de doces lembranças,onde o meu cotidiano era um encanto de conto, numa vida amena, ouvindo o cantar dos passarinhos e a zoada da natureza, transformada no barulho do silêncio. Bons tempos!
Lembro de bodega sortida,do seu dono mal humorado, de um bebum dizendo loa e um pabuloso mentindo, falando que encamava três mil covas de roça num dia. Lembro até de minha tia com sua mania de doenças,sabendo todas sabenças dos remédios, pra que serviam , mesmo que fossem da farmácia da cidade ou do mato em infusões diversas.
Lembro dos doidos regionais,tão nossos, com seus apelidos e cada um com suas doidices divinas a nos alegrar à alma com ternuras de doidivanas,fosse em forma de palavrões ou gestos já esperados por todos nós.
Lá no meu interior do mato,a mata era completa com tudo que tem direito,uma mata que se preza: árvores imensas, rio perene de água fria , diversas espécies de animais, fauna e flora na medida do necessário, sem tirar nem por…
Não quero aqui nessa crônica, deixar alguém com inveja,saudades talvez, se viveram em épocas e situações semelhantes. Havia manga,araçá,siriguela,caju,laranjas diversas, jaca,,enfim! Todas essas frutas colhidas a tempo e a hora, um manjar dos deuses.
Na minha terra do nunca,as noites eram estreladas, a lua iluminava as veredas e o terreiro da nossa casa ,onde o bacurau cantava o seu canto de encantamento ,daí, eu adormecia feliz,santo e imaculado …
José Alberto Maciel de Oliveira – Representante comercial aposentado
