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A SpaceX, empresa de foguetes do bilionário Elon Musk, lançou o 9º voo da Starship, a nave espacial mais poderosa do mundo. O evento aconteceu nesta terça-feira (27) em Boca Chica, no estado americano do Texas. O voo não é tripulado.
O que aconteceu na missão:
- a Starship não completou a missão da forma esperada pela 3ª vez consecutiva. A nave girou no espaço de forma não programada e sua altitude deixou de ser controlada pela SpaceX cerca de 40 minutos após o lançamento. O objetivo da empresa era que a descida acontecesse após 90 minutos no Oceano Índico;
- a Starship não conseguiu abrir para lançar sua carga prevista — oito simuladores de satélites da Starlink — em órbita, como planejado;
- pela primeira vez, a SpaceX reutilizou o foguete propulsor Super Heavy, usado em janeiro, no sétimo lançamento da Starship. Mas a empresa perdeu o contato com o equipamento durante a descida.
Segundo a SpaceX, a Starship “sofreu uma rápida desmontagem não programada”. A empresa disse que suas equipes continuarão analisando os dados e trabalhando para o próximo teste.
“Não estaremos realinhados como queríamos para a reentrada”, disse um porta-voz da SpaceX durante a transmissão. “Nossas chances de chegar até o fim são bem pequenas”.
A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) afirmou estar ciente da ocorrência durante a missão e que, até o momento, não há relatos de feridos ou de danos a propriedades públicos.
Nas últimas duas missões da Starship, a SpaceX perdeu contato com a nave poucos minutos após o lançamento. Os dois exemplares explodiram e seus destroços prejudicaram a circulação de voos comerciais no Haiti (no 7º lançamento) e nas Bahamas (no 8º lançamento), ambos no Caribe.
Na comparação com os últimos dois testes, a empresa ainda teve problemas para concluir a missão, mas conseguiu atingir estágios mais avançados do voo da Starship e reaproveitar o propulsor Super Heavy pela primeira vez.
A empresa diz que a reutilização do Super Heavy envolve alguns componentes novos, mas a maioria foi, de fato, usada em um voo anterior. O propulsor também foi usado em outros experimentos para gerar dados que aumentem sua confiabilidade em futuras missões.
No sétimo lançamento, o Super Heavy foi “capturado” no ar pela plataforma de decolagem. Ele passou por uma série de reparos antes de ser integrado novamente à operação. A meta da empresa é, no futuro, reutilizar esse tipo de propulsor diversas vezes em um mesmo dia.
Fonte: G1