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Um criminoso fez 37 reféns dentro de um ônibus por três horas e meia – a maior parte na Ponte Rio-Niterói – nesta terça-feira (20). Às 9h04, o criminoso foi baleado por um atirador de elite ao descer do coletivo.
Às 9h18, a PM afirmou que o sequestrador estava morto e que todos os reféns passavam bem. A arma que ele portava era de brinquedo.
O bandido anunciara o sequestro às 5h25. Meia hora depois, já na Ponte, ele ordenou ao condutor para atravessar o veículo na pista sentido Rio. Seis pessoas foram libertadas ao longo das negociações.
O trânsito para o Rio está fechado desde as 6h. Às 7h20, também foi interditada a pista oposta.
Não se sabe a motivação do sequestrador, mas a PM considera que a ação foi premeditada.
Resumo
- O sequestro foi anunciado às 5h26; pouco antes das 6h, o ônibus foi atravessado na pista sentido Rio da Ponte;
- O criminoso ameaçava incendiar o veículo;
- Seis pessoas foram liberadas, quatro mulheres – uma delas desmaiada – e dois homens;
- Às 9h04, o atirador desceu do ônibus e foi morto por um atirador de elite.
Fliess afirmou também que a PM analisa a hipótese de o sequestro do veículo ter sido premeditado. Segundo informações dos policiais militares que estavam no local, o homem parecia desorientado.
O criminoso se identificou como PM, mas a informação ainda não foi confirmada.
Esta linha sai do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e vai até o Estácio, na região central do Rio. Ela é a única linha que cobre os bairros do Rocha, Columbandê, Lindo Parque e Galo Branco em direção ao Rio.
A esposa de um dos reféns contou ao vivo no Bom Dia Rio que o marido lhe avisou do sequestro.
“Ele saiu para trabalhar 4h30. Quando foi por volta de 5h26 ele me mandou uma mensagem dizendo que o ônibus estava sendo sequestrado, ‘estamos indo para a ponte’. A princípio eu pensei que era um assalto. Eu levantei, acordei o meu filho e disse: ‘seu pai está sendo assaltado’”, revelou.
Linha do tempo
- Às 6h19, a primeira refém foi liberada.
- Às 6h31, um homem com uma máscara jogou algo pegando fogo para fora.
- Às 6h38, a segunda passageira foi liberada do veículo. Mais cedo, outra mulher havia saído do veículo.
- Às 6h53, negociadores do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegaram ao local para ajudar no diálogo com o sequestrador do ônibus, segundo informações de Mauro Fliess, porta-voz da Polícia Militar.
- Às 7h04, um homem saiu de dentro do veículo e chegou a ser revistado.
- Às 7h20, a terceira mulher foi solta.
- Às 7h45, o sequestrador desceu do ônibus, disse algo aos negociadores e voltou ao coletivo.
- Às 7h50, o Batalhão de Operações Especiais assumiu as negociações.
- Às 7h58, um segundo homem foi libertado.
- Às 8h06, o sequestrador jogou uma caixa para fora do ônibus.
- Às 8h20, a quarta mulher foi liberada. Ela estava desmaiada.
- Às 8h30, uma reversível foi montada para quem estava preso na Ponte pudesse retornar.
- Às 8h42, o governador Wilson Witzel escreveu nas redes sociais: “Estou em contato direto com o comando da Polícia Militar, que trabalha para encerrar o caso da melhor maneira possível. A prioridade absoluta é a proteção dos reféns.”
- Às 9h04, um atirador de precisão neutralizou o criminoso.
Aumento no número de roubos
O número de assaltos a ônibus cresceu 21,6% no Estado do Rio de Janeiro. Do início ano a abril, houve mais de 5,8 mil casos. Em média, o resultado significa um assalto a cada 30 minutos.
No Município do Rio, foram mais de 3,8 mil roubos em ônibus no período, um aumento de 40% em comparação aos quatro primeiros meses de 2018.
No Centro da cidade, na área coberta pela delegacia da Rua Mem de Sá, o número subiu de 32, de janeiro a abril do ano passado, para 161, no mesmo período deste ano, o que representa um aumento de 400% nas ocorrências.
Na área da Praça Mauá, o aumento foi de mais de 300% no mesmo período. E na região da Penha, na Zona Norte do Rio, de 250%.