Na região Oeste potiguar, a ‘seca verde’ apresenta contrastes. De um lado, a robusta e exuberante vegetação da caatinga; do outro, a terra árida e cinzenta em meio ao leito seco dos rios  (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)

Comum no semiárido nordestino, a seca verde caracteriza-se pela exuberância da vegetação em meio a um longo período sem água. Hoje (19), o fenômeno é o retrato do quinto ano seguido da mais severa estiagem da história do Rio Grande do Norte. Desde 2011 que o homem do campo sofre com a falta de boas precipitações no interior do estado. As chuvas que caíram no início do ano transformaram o cenário acinzentado em verde, mas o que veio do céu não foi suficiente para encher os reservatórios. Resultado: no final de junho, o Ministério da Integração Nacional reconheceu a situação de emergência decretada pelo governo estadual.

Atualmente, a seca afeta 153 dos 167 municípios potiguares. Destes, 14 estão em colapso (quando o companhia de água admite que não há como continuar a abastecer os moradores) e 77 desenvolveram sistemas de rodízio para o abastecimento da população.

Ao renovar a situação de emergência por mais 180 dias em março deste ano – a sexta vez seguida desde março de 2013 – o governo do estado ressaltou que a pecuária havia perdido mais de 135 mil cabeças de gado de 2012 a 2015, e que entre 2012 e 2014 houve uma redução de 65,79% na produção de grãos (milho, arroz, feijão e sorgo).

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