/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/4/Z/OeAxyDQFellbulBdcwSw/ira.jpg)
Entram em vigor nesta segunda-feira (5) novas sanções dos Estados Unidos contra o Irã, que limitam a exportação de petróleo. A entrada em vigor acontece 6 meses depois dos EUA se retirarem do acordo nuclear com o Irã. A maior parte das sanções contra o terceiro exportador mundial de petróleo haviam sido suspensas no início de 2016 depois da assinatura do acordo.
Essas medidas afetarão diretamente as empresas asiáticas ou europeias que continuam comprando petróleo iraniano ou mantêm relações comerciais com bancos iranianos, bloqueando o acesso ao mercado americano.
Os Estados Unidos, no entanto, garantiram isenções temporárias a oito países para continuar importando petróleo bruto do Irã. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou que China, Índia, Itália, Grécia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia não sofrerão sanções por comercializar com o Irã. Essas isenções são para garantir que os preços do petróleo não sejam desestabilizados.
Falando a repórteres, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que quer ir “um pouco mais devagar” com as sanções em relação ao petróleo. Segundo ele, uma ação mais incisiva poderia causar um choque no mercado. “Eu não quero aumentar os preços do petróleo”, disse Trump, de acordo com a Reuters.
Esse regime de isenção é semelhante ao que os Estados Unidos praticaram entre 2012 e 2015, antes do acordo nuclear de 2015 sob o governo de Barack Obama.
Naquela época, a China, a Turquia, a Coreia do Sul, o Japão e Taiwan foram poupados das sanções porque estavam gradualmente reduzindo suas importações de petróleo bruto iraniano. Anos depois, a administração Trump assumiu o mesmo argumento.
As sanções americanas funcionam como uma chantagem contra países terceiros que negociam atualmente com o Irã: empresas asiáticas ou europeias serão banidas do mercado americano se continuarem a importar petróleo iraniano, ou realizar operações com bancos iranianos. Muitos já escolheram ou vão escolher os Estados Unidos.
Fonte: G1