A Rua Mirassol, no bairro Felipe Camarão, foi recuperada cinco meses depois de ser destruída por uma cratera por conta das chuvas em Natal. A rua já tem fluxo de carros normal e as residências estão fora de risco de desabamento.

Com isso, as famílias das casas que foram interditadas naquele período já podem retornar. Apesar disso, muitas delas não voltaram porque ainda não há abastecimento de água e fornecimento de energia elétrica para as residências, segundo alegam.

Em nota, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) informou que “a rede de água já estava pronta para operar, já tendo sido inclusive testada”, mas “estava fechada até a conclusão da obra da Prefeitura, evitando assim novos danos”. Segundo o órgão, “assim que autorizado pela Prefeitura, a rede será religada”, mas até o momento a companhia não foi comunicada oficialmente.

Já a Companhia Energética do RN (Cosern) informou que uma equipe técnica fará uma nova vistoria na Rua Mirassol na próxima semana. “O objetivo é avaliar a necessidade de obras complementares para o restabelecimento do fornecimento de energia elétrica às residências localizadas na área isolada pelo poder público municipal”.

Segundo a fornecedora, em julho, por conta dos problemas ocasionados pela chuva, a Cosern “deslocou parte da rede elétrica da Rua Mirassol para minimizar os riscos que a cratera que se abriu no local representava para os postes da rede de média tensão”.

Cratera

A cratera na rua se formou no dia 2 de julho durantes fortes chuvas que caíram em Natal e logo casas da localidade foram interditadas por risco de desabamento. Com a chuva sem dar trégua, a cratera logo aumentou, uma casa chegou a ser parcialmente engolida, e mais residências foram interditadas.

Em agosto, uma outra chuva forte chuva causou um novo desabamento no trecho. Na época, ainda não havia nenhuma obra de recuperação no local.

A obra começou em setembro, quando a gestão municipal assinou a ordem de serviço no valor de R$ 2,2 milhões. A previsão era de que a obra terminasse em 90 dias.

Ao todo, 31 famílias tiveram as casas atingidas e, na época, a prefeitura informou que 23 delas passaram a receber o aluguel social.

Morador de uma dessas casas que foram engolidas, o aposentado Manoel Fernandes, de 66 anos, disse que durante os cinco meses que está na casa do irmão não recebeu um apoio sequer da prefeitura. “Até hoje ninguém veio aqui”, disse, alegando não ter recebido também o valor do aluguel social. O aposentado ainda contou que está pagando do próprio bolso a reforma na residência.

Fonte: G1RN

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