“Somos o 4º estado do Nordeste em doações, mas seguimos precisando de mais doadores. É importante cada um ter a consciência da importância de doar e comunicar esse desejo à sua família”, destacou a coordenadora da Central de Transplantes do RN, Rogéria Medeiros.
Como ser um doador de órgãos
Segundo a Sesap, quem quer ser doador de órgãos deve expressar esse desejo em vida, aos familiares. Não é necessário nenhum documento oficial.
As famílias de possíveis doadores são assistidas por equipes especializadas que orientam como proceder para permitir a doação de órgãos.
“Quando acontece algum trauma, algum motivo que leve à morte encefálica do paciente, a equipe especializada do hospital vai procurar e conversar com a família sobre a possibilidade da doação de órgãos. Isso acontece quando o paciente já tem o diagnóstico médico de morte encefálica. Depois disso, a equipe entrevista a família sobre o desejo e a permissão de doar os órgãos do familiar. Em seguida, a família assina um documento, dando a permissão para que a doação aconteça”, explica Rogéria Medeiros.
- Após 6 horas do diagnóstico médico de morte encefálica, outro médico avalia o paciente para confirmação da ocorrência.
- A equipe realiza exame confirmatório, por meio de eletroencefalograma ou doppler transcraniano, a fim de confirmar a inexistência de atividade cerebral.
- Após esse exame, é fechado o protocolo de morte encefálica, ou seja, o paciente faleceu.
- Em seguida, é realizada uma entrevista com a família, para comunicar o diagnóstico e saber se é possível fazer a doação.
- Uma equipe captadora, composta por cirurgiões, irá avaliar o paciente e realizar a captação dos órgãos.
- Esses órgãos são encaminhados para o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), no qual são inseridos numa lista e no ranking para saber quem receberá os órgãos doados.
Segundo a Sesap, trata-se de um processo do qual participam três diferentes equipes de profissionais: a encarregada de realizar o diagnóstico de morte encefálica, a equipe de captação e a de transplante, o que garantiria a “imparcialidade” dos procedimentos.