A área total do aeroporto potiguar é  três vezes maior que a do terminal pernambucano e quase doze vezes maior que a do Ceará

A possibilidade de cessão de um terreno de 500 mil metros quadrados pertencente à Força Aérea Brasileira (FAB) ao Governo do Estado de Pernambuco para ampliação do Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife, não deverá minimizar a capacidade técnica do Rio Grande do Norte na disputa pelo Hub da TAM Linhas Aéreas. Isto porque, a área total do Aeroporto Internacional Gov. Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, é  três vezes maior que a do terminal aeroviário internacional pernambucano e quase doze vezes maior que o vizinho aeroporto internacional cearense. O suposto beneficiamento ao Governo de Pernambuco na disputa gerou críticas entre lideranças políticas e empresariais potiguares.

O governador Robinson Faria, que deverá participar hoje de uma audiência com representantes da Petrobras, no Rio de Janeiro, sobre a redução do valor do querosene de aviação cobrado no Rio Grande do Norte, continua a acreditar que a escolha da TAM Linhas Aéreas será baseada em critérios técnicos. A oferta de preços diferenciados do combustível às companhias aéreas é mais um diferencial que o estado potiguar pleiteia para ganhar destaque na disputa pelo hub. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Flávio Azevedo, preferiu não se posicionar sobre o assunto para não gerar especulações.

O presidente do Sistema Fecomércio/RN, Marcelo Queiroz, lamentou a possibilidade da cessão do terreno com vistas ao aumento do potencial de concorrência do estado pernambucano pelo hub da TAM Linhas Aéreas. “É lamentável a atitude da Presidente Dilma Rousseff de anunciar a cessão de área  pertencente à Aeronáutica, ao governo de Pernambuco, com o único intuito de tornar aquele Estado mais competitivo na disputa para sediar o centro de conexões de cargas e passageiros que o grupo Latam pretende construir no Nordeste brasileiro”, frisou ele.

Para a Fecomércio, “tal atitude da Chefe do Executivo Federal se dá em detrimento dos legítimos interesses dos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, que também estão na disputa, o que fere frontalmente a postura de isonomia e equidistância no trato com os entes federados, que seria esperada de uma presidente da República, na condição de representante constitucional de todos os estados brasileiros”.

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