A edição número 23 da revista Exame, em circulação nessa quinzena, traz matéria especial com destaque para investimento de 4 milhões de dólares na exploração de tungstênio (scheelita) no município de Bodó, região Seridó do Rio Grande do Norte, a 188 quilômetros de Natal. O investimento está sendo administrado pelo fundo FKG (Farallon Krepel Goldberg) e a expectativa é que o capital seja multiplicado por 18 até 2020.
A reportagem é um perfil do investidor Daniel Goldberg, 36 anos, que já foi advogado, perseguiu cartéis no governo Federal quando foi titular da Secretaria de Direito Econômico, em 2003, por indicação do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, presidiu o banco de investimento Morgan Stanley e, agora, Daniel Goldberg está em sua quarta carreira em mais este negócio e administrando o FGK, fundo de 1 bilhão de dólares.
Para descobrir a potencialidade do minério localizado em Bodó, um time de especialistas pesquisou a quantidade de tungstênio presente nas dunas da região e confirmou a viabilidade econômica do projeto. Os recursos destinados à exploração já começaram a ser investidos e a ideia é aproveitar a euforia em torno da busca por terras raras e outros minérios cuja demanda vem sendo impulsionada pela China.
Na análise do fundo, o fato da China ser o maior produtor mundial com alto consumo de tungstênio o minério está faltando no mercado. Administrador do FKG, o advogado Daniel Goldberg, acredita que essa é a oportunidade para ganhar dinheiro com o minério, uma vez que o preço do tungstênio subiu dez vezes na última década.
Com um capital de 1 bilhão de dólares, o FKG é um fundo dedicado a colocar dinheiro nos chamados investimentos exótico projetos que não são atendidos por bancos nem pelos fundos de investimentos tradicionais – no Brasil e em outros países da América Latina.