REMODELANDO O BRASIL  –

Navegando no canal de mídia digital Coisas do Mundo (https://www.youtube.com/@CoisasdoMundo), dedicado a mostrar a ocupação e a configuração geoespacial do Brasil, indo das capitais aos mais longínquos rincões do país, chama atenção a ascensão das cidades de porte médio espalhadas nas regiões do território brasileiro. Percebe-se que está florescendo a ocupação territorial, com indicadores de crescimento a remodelar e expandir de forma mais equânime as fronteiras habitadas do Brasil.

Lá atrás, nos idos de 1970 o Geografo Manoel Correia de Andrade, usou os conceitos de sua obra, Espaço, Polarização e Desenvolvimento para denunciar as assimetrias regionais do Brasil, mostrando como as políticas de desenvolvimento concentrado falhavam em resolver os problemas estruturais das regiões, mais acentuadamente no Nordeste, perpetuando a pobreza e a desigualdades sociais e regionais.

O prático desse movimento em curso no país, redesenhando a ocupação geografia, reorganizando a população em espaços menos adensados, preenchendo de forma mais harmoniosa a relação habitante/métrica é provar que o caminho do crescimento descola gradativamente da dependência das metrópoles e das capitais.

Por sua vez, fica evidente que o modelo migratório rumo às capitais e regiões metropolitanas, chegou a algum tempo a saturação, gerando deseconomias, infraestrutura vulnerável, transito caótico, precária mobilidade urbana, elevado nível de desconforto mental, desequilíbrios sociais, propagação da moradia sub normal, insegurança, enfim, declínio acelerado da qualidade de vida e bem estar social.

Essa migração inversa, contribui para equalizar de forma benéfica a ocupação territorial do país, mostrando o caminho de um novo formato, alicerçado na descoberta e identificação espontânea de vantagens regionais e espaciais competitivas. Quer seja sob o aspecto econômico, social e ambiental.

População se locomovendo, tocando em frente, fazendo ressurgir o movimento de entradas e bandeiras em versão urbana, desbravando novos caminhos do bem, da prosperidade e da vida saudável.

Por ser predominante espontâneo, essa marcha expansionista tem menos intromissão dos governos, quer seja de Brasília e/ou das hostes palacianas estaduais. Ou seja governos e política não atrapalhando, torna-se um bom negócio, corroborando para que esse auspicioso movimento de expansão ocupacional do Brasil, venha reoxigenar a esperança quanto ao futuro da nação.

 

 

 

 

 

 

Moisés Aguiar – Economista e administrador

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