O relatório final do deputado Marco Maia (PT-RS) será apresentado na próxima quarta-feira (10)  na Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) da Petrobras. No entanto, com um provável pedido de vista, o relatório só deve ser votado pelo colegiado na semana que vem, a última de atividade legislativa antes do recesso. Até agora, o teor do relatório ainda não foi divulgado por Marco Maia.

A expectativa da oposição é que seja um documento sem surpresas. Por isso, versões paralelas ao relatório de Maia estão sendo preparadas pelos deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e pelo líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PPS-PR).

O assunto será tema de uma reunião da oposição amanhã (11), às 11h, na liderança do PPS na Câmara. Além de discutir a instalação de uma nova CPMI para investigar a estatal em 2015, os parlamentares vão decidir se haverá mesmo dois relatórios paralelos ou se será apresentada uma única versão com as conclusões da oposição sobre os trabalhos iniciados em maio.

Entre os pontos em discussão no relatório oposicionista, está o indiciamento da presidenta Dilma Rousseff, que, à época da compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos), estava à frente do Conselho de Administração da estatal. Outro ponto que deve constar no documento é um pedido de quebra do sigilo das empresas investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Após reunião de líderes, deputados da oposição falam com a imprensa sobre vetos presidenciais. E/D: os deputados Beto Albuquerque (PSB-RS), Rubens Bueno (PPS-PR) e Mendonça Filho (DEM-PE) / (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Rubens Bueno (C), líder do PPS na Câmara, considera os trabalhos da CPMI frustrantes  Antonio Cruz/ABr

“É frustrante tudo [o] que aconteceu na condução dos trabalhos da comissão. Nós apresentamos desde o inicio pedidos de quebra do sigilo de todas as empreiteiras com negócios com a Petrobras e nada aconteceu. As revelações da Lava Jato estão desmoralizando a CMPI”, disse o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *