
Dos nomes em cogitação pelo governo para a Presidência da Petrobras, vaga após a renúncia de Maria das Graças Foster na manhã de hoje (4), cinco se destacam: o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles; o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli; o ex-diretor da Petrobras Rodolfo Landim, o presidente do Grupo Caoa, Antonio Maciel Neto; e o presidente do Conselho de Administração da Brasil Foods, Nildemar Secches.
Há dois outros nomes do próprio governo em análise: o dos presidentes do BC, Alexandre Tombini, e o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho — ambos são, porém, vistos com restrições, pela provável dificuldade de restaurarem a credibilidade da petroleira. A nova diretoria deverá ser anunciada depois da reunião do Conselho de Petrobras, na sexta-feira (6).
Os cinco primeiros nomes são bem aceitos por analistas de mercado. “Henrique Meirelles é um coringa: sempre aparece quando se fala que o governo vai nomear alguém na área econômica. Rodolfo Landim é muito bem aceito por ser do ramo. Roger Agnelli, ainda que seja de outra área, é um grande executivo”, comentou Ricardo Nogueira, superintendente de operações da Corretora Souza Barros. Maciel Neto é ex-funcionário da Petrobras. Depois presidiu a Ford do Brasil e a Suzano. Secches tem também uma sólida carreira no setor privado.
Na avaliação de Nogueira, da Souza Barros, a confirmação de qualquer um desses executivos fará com que as ações da companhia continuem a subir, como ocorre desde ontem. “Os fundamentos da Petrobras são sólidos. Está atrapalhando é a falta de publicação do balanço, o que depende de uma decisão política. Quando isso for resolvido, os problemas ficarão para trás”, argumentou.
Landim , ex-diretor da Petrobras, é o preferido do mercado. Saiu da Petrobras numa época em que muitas pessoas estavam deixando a empresa, atraídas por Eike Batista, mas deixou o Grupo X antes que os problemas aparecessem. Um possível empecilho é que tem participação em uma empresa na área de petróleo, o que pode configurar conflito de interesses.