Médicos palestinos carregam manifestante ferido durante confrontos com forças israelenses no sul da Faixa de Gaza, na sexta-feira (20) (Foto: Mohammed Abed/AFP)
Médicos palestinos carregam manifestante ferido durante confrontos com forças israelenses no sul da Faixa de Gaza, na sexta-feira (20) (Foto: Mohammed Abed/AFP)

Milhares de palestinos voltaram a protestar nessa sexta-feira (20) na fronteira da Faixa de Gaza com Israel, onde quatro palestinos foram mortos por soldados israelenses, elevando a 38 o número de mortos desde 30 de março.

Os manifestantes queimaram pneus perto da fronteira e em alguns casos lançaram coquetéis molotov. É a quarta sexta-feira consecutiva de protestos. Centenas de palestinos ficaram feridos desde então.

Segundo fontes do Ministério da Saúde de Gaza, dois palestinos foram mortos a tiros nesta sexta por soldados israelenses.

Um adolescente de 15 anos e dois homens de 24 e 25, respectivamente, foram mortos a tiros no norte do enclave.

Um quarto palestino, de 29 anos, foi morto no sul da Faixa de Gaza. O Ministério indicou que 83 pessoas ficaram feridas.

“É escandaloso atirar em crianças […], as crianças devem estar protegidos da violência, não expostas”, publicou nesta sexta-feira no Twitter o enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov.

O enviado solicitou que a morte do adolescente seja investigada.

Com isto, o balanço de palestinos mortos desde o início da onda de protestos aumentou para 38. Outras centenas ficaram feridas a tiros ou inalação de gás, segundo os serviços de resgate, inclusive mais de 440 nesta sexta-feira.

O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansur, voltou a pedir nesta sexta às Nações Unidas para abrir uma “investigação transparente e independente” sobre a violência na fronteira com Israel.

A Faixa de Gaza, localizada entre Israel, Egito e o Mediterrâneo, controlada pelo movimento islâmico Hamas, descrito como “terrorista” por Israel, registra desde o dia 30 de março grandes manifestações de palestinos.

Fonte: Agência EFE

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