Manifestantes retornaram as ruas de Natal, oito meses depois do último protesto popular, em sua maioria estudantes, no final de tarde desta quarta-feira (15), para protestar contra o aumento na tarifa do transporte público de passageiros. Desafiando uma decisão judicial que proibia a ocupação da BR-101, os integrantes da chamada “Revolta do Busão” ocuparam todas as faixas da via. O Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) usaram balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta para encerrar o movimento.

Pelo menos cinco estudantes foram presos. O motivo do protesto foi o anúncio do aumento da tarifa de ônibus que, a partir do próximo sábado, passará de R$ 2,20 para R$ 2,40. O reajuste corresponde a um aumento de 9,09%. De acordo com a informação divulgada pela Semob, o reajuste é menor do que o percentual de inflação acumulada durante 28 meses, que teria sido de 15,54%. O valor praticado é menor que o pedido pelos empresários, que era de R$ 2,75.

Na caminhada de retorno, o enfrentamento com a polícia foi inevitável. Nas proximidades de um shopping center, de acordo com o major Marinho, subcomandante do BPChoque, os policiais tentaram negociar a dispersão do movimento. Sem acordo, a polícia atirou balas de borracha e bombas de efeito moral contra a multidão. Mesmo assim, parte dos manifestantes continuou a caminhada. Foi no viaduto do 4°Centenário que o movimento foi disperso com uma nova saraivada de tiros de balas de borracha e spray de pimenta. Na ação, pelo menos três pessoas foram presas pela Polícia Militar e mais duas foram detidas pela PRF.

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