Protesto acontece na Avenida Senador Salgado Filho, em Natal — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi

Profissionais da enfermagem – e da área da saúde em geral – realizaram um protesto na tarde dessa sexta-feira (9), em Natal, contra a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o piso salarial da categoria e contra o veto do presidente Jair Bolsonaro à correção anual dos valores de acordo com a inflação.

A manifestação começou por volta das 15h com concentração em frente ao shopping Midway Mall. Às 16h, os manifestantes caminharam por uma das faixas da avenida Senador Salgado Filho, uma das mais movimentadas da cidade, em direção à Zona Sul.

Os profissionais carregavam faixas criticando a suspensão do piso e o ministro Barroso, assim como também o presidente Jair Bolsonaro pelo veto ao reajuste.

O protesto também aconteceu em Mossoró, pela manhã, e outros foram registrados no dia 7 de setembro em Natal e também na cidade do Oeste potiguar.

O novo piso passaria a valer a partir da última segunda-feira (5), mas a validade da lei foi suspensa por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no domingo (4). Nesta sexta-feira (9), os ministros do Supremo votam a ação sobre o tema no plenário virtual. Barroso votou pela manutenção da suspensão.

O piso

A lei aprovada pelo Congresso fixou o piso em R$ 4.750, para os setores público e privado. O valor também serve de referência para o mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).

Conforme o Dieese, o incremento financeiro necessário ao cumprimento dos pisos será de R$ 4,4 bilhões ao ano para os municípios, de R$ 1,3 bilhões ao ano para os estados e de R$ 53 milhões ao ano para a União.

Já a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) indicou incremento de R$ 6,3 bilhões ao ano. Foi apontada uma possibilidade de demissão de 80 mil profissionais de enfermagem e fechamento de 20 mil leitos.

A decisão monocrática do ministro determina a suspensão da lei até que sejam analisados os impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e estados.

Fonte: G1RN

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