PROBABILIDADES –

O acidente aéreo com o avião comercial Boeing 787 da Air Índia, que caiu na cidade indiana de Ahmedabad e vitimou 241 passageiros é considerado o segundo mais mortal da história. O único sobrevivente da tragédia foi Vishwash Kumar Ramesh, um homem de 40 anos que não soube explicar como escapou com vida.

Sou engenheiro por vocação e aptidão, também pelo fato de abranger disciplinas que utilizam métodos quantitativos e experimentais para analisar e entender fenômenos naturais e artificiais, incluindo os regidos pela matemática, física, química, estatística e outras tantas ciências.

A teoria das probabilidades é um ramo da matemática que se dedica ao estudo de fenômenos aleatórios, ou seja, aqueles onde o resultado não pode ser previsto com certeza antes de sua ocorrência. Em suma, uma ferramenta para modelar a aleatoriedade.

O leitor já deve estar encafifado sem entender onde quer estacionar o articulista diante de tanta conversa fiada. Pois bem, o preâmbulo foi uma tentativa de encontrar à luz das hipóteses um motivo para Vishwash Ramesh haver escapado, são e salvo, daquele terrível acidente.

Muitos dos afeitos às ciências exatas justificarão a salvação do indiano como um lance da teoria das probabilidades. Enquanto eu, um modesto pensador e crente em um poder superior e inexplicável à luz da racionalidade, atribuo a ocorrência a algo que na fé cristã é chamado “milagre”.

Pena não ter sido filmado o renascer de Vishwash, porém imagino a seguinte cena: avião em chamas, fumaça impedindo qualquer tipo de visão e, saindo do centro daquele fogaréu um indivíduo atordoado, caminhando com passos firmes em direção à luz. Tal qual a Fênix, a figura mitológica que renasceu das cinzas.

No meu entendimento esse homem não se enquadra em quaisquer das teorias das probabilidades aventadas pelas ciências exatas. Ele está vivo como resultado de uma das dádivas divinas acumuladas há séculos e relatadas pelos profetas da história do cristianismo.

Não temo ser tachado de piegas ou visionário por quem diverge de minha propensão, acontece de esse sentimento brotar do fundo da consciência e de tantos exemplos que nos dão conta da existência de um Ser Supremo no comando de tudo.

Nem todas as ocorrências nesta vida a ciência consegue explicar. O apóstolo Paulo diz que a fé é o “firme fundamento nas coisas que não se vê” (Hebreus 1:1 6). Carl Jung, o reconhecido psicoterapeuta suíço, quando questionado sobre a existência de Deus, respondeu: “Eu não acredito em Deus, mas sei que ele existe”

Albert Einstein, físico alemão que desenvolveu a teoria da relatividade geral, não acreditava em um Deus pessoal que intervém nos assuntos humanos ou que recompensa e pune ações, mas sim em uma inteligência suprema que se manifesta nas leis da natureza e na ordem do universo.

Desconheço a tendência de Vishwash Ramesh, seja ele ateu ou qual religião professe, mas que houve a interferência de um Ser Superior na sua preservação física, para mim não existem dúvidas. Desculpem-me a petulância!

 

 

 

José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro civil

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