Após dois anos de retiradas líquidas de recursos (saques maiores do que depósitos), a poupança voltou a atrair investidores em 2017. Segundo o Banco Central, no ano passado, os depósitos na caderneta superaram as retiradas em R$ 17,1 bilhões. Somente em dezembro, a captação bateu recorde, alcançando R$ 19,4 bilhões. O resultado inverteu a tendência dos anos anteriores, já que, em 2015 e 2016, as saídas líquidas foram de R$ 53,6 bilhões e de R$ 40,7 bilhões, respectivamente.

Boa parte dessa recuperação pode ser explicada pelo fato de que, no ano passado, com a queda da inflação — o IPCA fechou em 2,95% —, a poupança teve o melhor desempenho desde 2006. O rendimento chegou a 6,93%, o que significou um ganho real (acima da inflação) de 3,88%, segundo a empresa de análise financeira Economática. Em 2016, a aplicação teve ganho real de apenas 1,90%. Em 2015, foi pior: o rendimento ficou negativo em 2,28%, o que significa dizer que os poupadores perderam dinheiro.

Embora outras aplicações financeiras tenham apresentado resultados mais expressivos em 2017, a poupança tem características que a tornam atraente, sobretudo para quem está começando a investir e não tem muita informação sobre o mercado financeiro. A principal delas é o fato de ser um investimento de fácil entendimento e extremamente acessível. Qualquer que seja o banco escolhido pelo poupador, as regras são as mesmas.

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