POR UMA NATAL MAIS LIMPA –
Estou desconfiado que o prefeito Carlos Eduardo tem andado pouco pelas ruas da  cidade. E tenho certeza que ele tampouco anda de ônibus. Se o fizesse, certamente, Natal teria outro visual bem melhor. Quando chove então, a cidade se desmancha. Bueiros entupidos provocam alagamentos e prejuízos e fica por isso mesmo, ninguém faz nada, literalmente nada. Um verdadeiro caos.
 
As vezes me vem a memória a imagem daquele jogador de futebol que, no início do contrato joga bem, e só volta a ser bom quando o contrato está perto de ser renovado.  O descaso e desinteresse parecem ser o ponto alto do governo municipal. Pouca coisa funciona, só se fala em política. Acredito  que  as reuniões para saber quem irá se candidatar nas eleições deste ano, são pautadas todos os dias.
  
Na Câmara Municipal os vereadores seguem o mesmo ritmo. Esquecem os problemas da cidade. Apesar de ganharem muito bem, e em dia, nada fazem que justifiquem seus altos salários, nem seus assessores, para mudar Natal. Não há projetos novos nem audiências públicas, nada.  A cidade para nesse período de abastança. E parece ficar entregue às baratas, aos ratos e esgotos.
 
A limpeza é uma   necessidade básica em qualquer comunidade. Mas reconheço que é necessário também que o povo também participe, fazendo sua parte. É preciso que não se jogue  lixo na rua e se passe a gostar de ambiente com o mínimo de asseio. Isso faz parte da educação que deveria ser também ensinada nas escolas. A gente sabe que criança faz o que vê os pais fazerem. Se eles não têm educação, como os filhos terão?
 
Escrevi, certa feita, para a extinta  Revista RN Econômico um artigo com o título “Turismundicie, comentando a sujeira das praias, com aqueles sacos de lixo e outros que tais, colocados ao ar livre ao lado de casas bonitas onde turistas e moradores passam férias. Até hoje tem sido assim. Nada mudou. Depois as pessoas ficam reclamando de doenças.
 
Natal é uma cidade bonita, mas que muitas vezes se sente abandonada pelo poder público e pela maioria dos seus moradores. A zona norte, com 300 mil habitantes, é igualmente esquecida. Há um projeto de transformar a Zona Norte em cidade, cujo nome provisório seria Câmara Cascudo. Poderia ser que, dessa forma, ela se transformasse num lugar aprazível para se viver. Quem sabe?  
 

Jaécio Carlos – Produtor e apresentador dos programas Café da Tarde e Tribuna Livre, para Youtube.

As opiniões emitidas são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *