A MELHOR ADAPTAÇÃO DO CLÁSSICO “OS TRÊS MOSQUETEIROS” –
Na primeira metade do século XIX, Alexandre Dumas escreveu um romance histórico, que evidencia a relação de confiança de um trio da guarda com seus Reis da França, Luís XIII e Luís XIV, precisamente no século XVII.
Séculos depois, esse simbolismo do trio ainda reflete o significado de união, proteção e confiança. Disposição para lutar contra tudo e contra todos.
Na gravidade de uma pandemia dessa magnitude há expressões que carregam igual simbolismo. Verdadeiros heróis diários da resistência, a combater um inimigo invisível e poderoso. Ainda mais, quando governantes se esforçam para negar a gravidade da crise e parte da sociedade, seguidora ou descrente, embarca nessa onda. Não existe pandemia. Isso é uma conspiração muito bem nutrida por uma virose sem expressão estatística e tratável por pílulas a R$ 1,99. E se vacina é um instrumento de mutilação genética, não cabe arriscar por conta de um espirro.
Ledo engano. São mais de 200 mil mortes e uma contaminação tão exponencial que põe em colapso o sistema de saúde. E por trás de todo esse contexto adverso inúmeras pessoas atuando na linha de frente. Saem diariamente de casa com uma missão profissional que põe em risco suas vidas e dos seus familiares. Nos percursos de ida e volta, assistem atônitas a falta de cidadania de quem ignora a pandemia.
Aqui, vou-me concentrar em três grupos profissionais. Cada um na sua missão e no papel de “mosqueteiro” da maior de todas as realezas: sua majestade, a sociedade. Assim, nesse clima tão adverso da pandemia, todo meu respeito e gratidão aos profissionais da pesquisa científica, do cotidiano da saúde e do jornalismo informativo.
Esses três mosqueteiros do enfrentamento destemido à pandemia, sob riscos e atacados por quem ignora e faz desdém do COVID, merecem renovadas reverências. Põem as mãos na massa e se submetem ao vírus biológico que mata. Nunca ficam à mercê da contaminação mental da força viral dos algoritmos. Estes fazem valer a hipocrisia reinante nas redes sociais.
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Alfredo Bertini – Economista, professor e pesquisador, ex-presidente da Fundação Joaquim Nabuco