
A Assembleia Legislativa (AL) e o Senado debateram na manhã dessa segunda-feira (28), a seca e as obras de Transposição do Rio São Francisco, durante o evento RN pela Transposição. A discussão contou com a participação do ministro da Integração, Gilberto Occhi e líderes políticos do Estado, deputados federais, senadores, prefeitos, vereadores e lideranças de todo o RN.
Em seu discurso, o presidente da AL, Ezequiel Ferreira (PMDB), ressaltou a importância da defesa pela transposição feita pelos deputados estaduais, bancada federal e governadores do Nordeste para minimizar a crise hídrica. “Sabemos que o Governo Federal teve um corte no orçamento de R$ 69,9 bilhões. Recurso esse contingenciado que iria naturalmente para estados e municípios e que deixou de chegar. Por isso mesmo, é hora de o governo federal eleger prioridades para usar os recursos restantes e queremos que a transposição seja prioridade”, disse Ezequiel.
As obras de Transposição do Rio São Francisco estão sendo feitas em mais de 700 quilômetros de canais de concreto em dois grandes eixos (Norte e Leste) ao longo do território de quatro estados nordestinos (Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte) para o desvio das águas do rio com nove estações de bombeamento.
A AL vem desenvolvendo uma série de ações voltadas ao enfrentamento da crise hídrica no Rio Grande do Norte. Os trabalhos são coordenados pelo Comitê de Ações de Combate à Seca, liderada na Casa pelo deputado Ezequiel Ferreira e pela Frente Parlamentar da Água, presidida pelo deputado Galeno Torquato (PSD) que acompanham desde fevereiro as ações da transposição na Paraíba, Pernambuco e Ceará.
O Rio Grande do Norte tem, atualmente, 13 cidades em situação de colapso total no abastecimento de água e mais de 35 em sistema de rodízio. A senadora Fátima Bezerra (PT), destacou o expressivo quórum da Assembleia, acrescentando que o momento é de união. Ainda em sua fala, pediu diretamente ao ministro a conclusão das obras no prazo previsto, e também a segurança dos recursos para a construção do canal que levará água ao Piranhas-Açu, e antecipará em quase dois anos a chegada das águas do rio São Francisco no RN.