Policial observa ativistas no chão do terminal Grand Central, no centro de Nova York, nos EUA. O protesto na hora do rush pede justiça no caso de Eric Garner. Um júri decidiu livrar de acusações o policial branco que matou o homem negro por enforcamento (Foto: Adrees Latif/Reuters)
Policial observa ativistas no chão do terminal Grand Central, no centro de Nova York, nos EUA. O protesto na hora do rush pede justiça no caso de Eric Garner. Um júri decidiu livrar de acusações o policial branco que matou o homem negro por enforcamento (Foto: Adrees Latif/Reuters)

Um júri popular de Nova York decidiu não indiciar um policial branco acusado de matar um homem negro em um evento controverso ocorrido em Staten Island (sul) em julho passado, informaram meios de comunicação locais ontem (3).

Eric Garner, de 43 anos, suspeito de vender cigarros ilegalmente, morreu após ter sido contido à força por vários policiais brancos, um dos quais, identificado como Daniel Pantaleo, o segurou pelo pescoço, uma prática proibida em Nova York.

A decisão de não processar Pantaleo, revelada pelos jornais “The New York Times” e “New York Post”, e que ainda não se oficializou, ocorre dias depois de um júri de Ferguson (Missouri, sul) fazer o mesmo com outro policial branco que matou Michael Brown, um jovem negro desarmado, o que desatou violentos protestos.

Após semanas de investigação, o júri popular de Staten Island não encontrou evidências suficientes para denunciar o policial, mas ainda se desconhece o resultado da votação nem as acusações pedidas pela promotoria, segundo o “New York Post”, que citou fontes ligadas ao caso.

Os atos de Pantaleo foram captados por uma câmera amadora. No vídeo, Garner, pai de três filhos, se queixa várias vezes de não conseguir respirar. Obeso e asmático, ele perdeu os sentidos em seguida e foi declarado morto no hospital.

Sua morte foi qualificada como homicídio pelo instituto médico legal da cidade e voltou a deixar em evidência as tensões raciais de Nova York e aumentar a pressão sobre as autoridades.

O anúncio provocou novas manifestações, como as realizadas nos últimos dias no caso Michael Brown, o jovem negro morto em Ferguson, e que deixou 30 detidos em Nova York. Uma delas foi realizada no terminal Grand Central após uma caminhada.

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