A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio Grande do Norte criaram comissões especiais para acompanhar o inquérito instaurado para apurar o atentado ocorrido na última sexta-feira (24) dentro da sede do MP, em Natal, quando um servidor atirou contra promotores. O atirador está preso. É o servidor público Guilherme Wanderley Lopes da Silva, de 44 anos, que se apresentou à polícia no sábado (25). Exonerado do cargo comissionado, ele trabalhava no MP há 20 anos.
De acordo com o delegado-geral da PC, Claiton Pinho, os delegados Júlio Lima, da 4 DP, e Alisson Barbosa, da delegacia de Extremoz, na Grande Natal, foram designados para auxiliar as investigações. O inquérito é presidido pelo delegado Renê Lopes. Ainda segundo Claiton, a comissão foi criada com o objetivo de ajudar nas investigações, pois há muito material para ser analisado.
Quatro promotores também foram designados pelo MP para acompanhar o inquérito. Edevaldo Alves Barbosa, Silvio Roberto Souza Lima, Giovanni Rosado e Luiz Eduardo Marinho, todos da Comarca de Natal.
O delegado Renê Lopes afirmou que até a próxima terça-feira (4) Guilherme deve ser indiciado por tentativa de homicídio. “Será apenas por tentativa de homicídio, já que porte ilegal de arma já é abrangido na acusação”, explicou.
Guilherme Wanderley entrou em uma sala de reuniões, na manhã desta sexta-feira, onde estava o procurador-geral de Justiça e seus auxiliares. “Estava na minha sala juntamente com outros seis promotores que me auxiliam. Ele entrou, sem ser anunciado, junto com a minha secretária. Mesmo estranhando, não fiz objeção à presença dele. O Guilherme se aproximou, colocou dois papéis na minha mesa e disse: ‘Isso é uma recompensa por tudo o que vocês fizeram’. Em seguida, ele puxou a arma e a tirou do coldre. Gritei para todos que ele estava armado e houve uma correria. Ele apontou o revólver em minha direção e atirou, mas errou”, relatou o procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis.
Fonte: G1RN
