POBRE SOMBRA –

Não tenho medo de você.

Aprendi a não andar com o sol no rosto,

Pois assim estaria me perseguindo.

Espero passar do meio-dia

Para te vigiar à minha frente.

Desse modo tenho a certeza

Que ao escurecer desapareces,

Anunciando que tens medo de mim.

Mesmo assim tenho pena de você.

Sei que à noite sente falta de mim

E eu, teimosamente, te busco,

Por não saber se estás bem sozinha.

Pobre eu.

Teremos que nos tolerar

Até que a escuridão me seja permanente,

E tu saías à busca de outro eu.

Pobre sombra.

 

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras ([email protected])

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