Apesar da turbulência política provocada pelas delações feitas por Joesley Batista, do grupo JBS, e sem conseguir vislumbrar quando e se essa crise vai acabar, o governo tenta reconstruir a sua história com o parlamento. Depois de o presidente Michel Temer gravar um pronunciamento, divulgado nas redes sociais na última quinta-feira, celebrando a aprovação de sete medidas provisórias na Câmara, o Planalto espera ter uma semana mais efetiva de votações, sobretudo de matérias como a reforma trabalhista no Senado. Na semana passada, o simples debate quanto à leitura do relatório da reforma na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado gerou uma confusão generalizada, que debandou para as vias de fato entre os senadores Randolfe Rodrigues (PSol-AP) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO). A sessão pegou fogo, foi interrompida e, quando os trabalhos acabaram retomados, os oposicionistas ainda tentaram arrancar o microfone das mãos do presidente da comissão, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Apesar disso tudo, as pessoas mais próximas de Temer acreditam que aos poucos, as nuvens começam a se dissipar. Na última sexta-feira, Temer recebeu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, para fazer um balanço da semana que passou e projetar os próximos embates.

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