Responsável pelo legado editorial de Paulo Leminski (1944-1989), a poeta e compositora Alice Ruiz, viúva do autor, se vê cercada por propostas. No momento em que “Toda poesia”, reunião da obra poética de Leminski pela Companhia das Letras, se mantém há oito semanas na lista de livros mais vendidos no país, editoras e produtoras intensificam suas buscas por materiais inéditos e reedições. Algumas expectativas, contudo, nem sempre correspondem à realidade. Outro projeto envolve a digitalização do vasto acervo de gravações em fita cassete deixadas pelo poeta, que deverá servir como base para a publicação de um livro de partituras com sua obra musical completa, em 2014. A ideia é mostrar uma faceta menos conhecida de Leminski, a de compositor, músico e cantor. Em pareceria com Marcos Pamplona, Alice escreveu o roteiro da cinebiografia. O título provisório é “Alice e Paulo” e deverá ter direção do cineasta Gustavo Tissot (também corroteirista). Ambientado entre 1968 e 1988, o longa retratará o período da contracultura pelo olhar do casal. A produtora Abaporu aguarda patrocínio para começar as filmagens.

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